E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre a iliopsoas, um músculo do corpo humano.
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Constituição do iliopsoas
O músculo iliopsoas é constituído por dois músculos distintos: o músculo ilíaco e o músculo psoas maior. Eles têm origens distintas no abdome, mas a mesma inserção na coxa.
Há também o músculo psoas menor, que é uma porção menor do músculo psoas e que, geralmente, está ausente sem motivos aparentes.
De maneira simplificada, podemos dizer que o músculo iliopsoas liga a coluna vertebral às pernas. Por isso, ele é responsável por nos manter em pé, levantar nossas pernas para andar ou correr, dentre outras funções.
Os músculos psoas maior e ilíaco se originam da parede posterior do abdome e da pelve, respectivamente, e descem em direção à parte superior do compartimento anterior da coxa através da metade lateral da fenda entre o ligamento inguinal e o osso do quadril.
Origem e Inserção do Músculo Iliopsoas
A origem dos músculos que compreendem o iliopsoas (ilíaco e psoas maior) é distinta, mas ambos compartilham a mesma inserção. O músculo ilíaco é plano e triangular, enquanto o músculo psoas maior é volumoso e fusiforme.
O músculo ilíaco tem origem nos dois terços superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro. Enquanto isso, o músculo psoas maior surge a partir do processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos intervertebrais nas últimas torácicas e todas as lombares.
Medialmente, os músculos psoas maior cobrem a superfície anterolateral dos corpos das vértebras lombares, preenchendo o espaço entre os corpos vertebrais e os processos transversos.
Cada um desses músculos surge a partir dos corpos da vértebra TXII e de todas as cinco vértebras lombares, a partir de discos intervertebrais entre cada vértebra, bem como a partir dos processos transversos das vértebras lombares.
Esses músculos têm sua inserção no trocânter menor do fêmur. Passando inferiormente ao longo da borda pélvica, cada músculo continua na região anterior da coxa sob o ligamento inguinal, fixando-se ao trocânter menor do fêmur.
Inferiormente, o músculo ilíaco preenche a fossa ilíaca de cada lado. A partir dessa origem expansiva que cobre a fossa ilíaca, o músculo passa inferiormente, junta-se ao músculo psoas maior e fixa-se no trocânter menor do fêmur. À medida que seguem para a coxa, esses músculos combinados são chamados de músculo iliopsoas.
Assim como o músculo psoas maior, o ilíaco flexiona a coxa na articulação do quadril quando o tronco é estabilizado e flexiona o tronco contra a gravidade quando o corpo está em posição supina. Tanto o músculo ilíaco quanto o músculo psoas maior são envolvidos pela fáscia ilíaca.
A inervação deste músculo ocorre através do nervo femoral (L2-L3) e por ramos do plexo lombar.
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Relações anatômicas do iliopsoas
O músculo iliopsoas possui relações anatômicas extensas e clinicamente significativas com diversas estruturas do abdome e pelve. Essas relações incluem interações com os rins, ureteres, ceco, apêndice vermiforme, colo sigmoide, pâncreas, linfonodos lombares e nervos da parede posterior do abdome.
- Rins e Ureteres: O músculo psoas maior se localiza adjacente aos rins e aos ureteres, sendo que alterações nesses órgãos, como infecções ou cálculos renais, podem causar dor referida ao músculo iliopsoas.
- Ceco e Apêndice Vermiforme: O músculo iliopsoas tem uma relação próxima com o ceco e o apêndice vermiforme, localizados na fossa ilíaca direita. Em casos de apendicite, a inflamação pode irritar o músculo, resultando em dor ao movimento.
- Colo Sigmoide: O colo sigmoide, situado na fossa ilíaca esquerda, também tem uma relação próxima com o músculo iliopsoas, e problemas nessa região podem afetar o músculo.
- Pâncreas: O pâncreas, especialmente sua porção inferior, está em proximidade com o músculo psoas maior, e patologias pancreáticas podem causar dor irradiada para o músculo.
- Linfonodos Lombares: Estes linfonodos, situados ao longo da parede posterior do abdome, podem estar envolvidos em processos inflamatórios ou neoplásicos que afetem o músculo iliopsoas.
- Nervos da Parede Posterior do Abdome: O músculo iliopsoas está em contato com vários nervos importantes, como o nervo femoral, o nervo obturador e os ramos do plexo lombar. Compressões ou irritações nesses nervos podem causar dor e disfunção no músculo.
Aspectos clínicos do iliopsoas
Devido a essas relações, a presença de doenças ou inflamações em qualquer uma dessas estruturas pode levar à irritação do músculo iliopsoas, causando dor durante seu movimento.
Isso é frequentemente avaliado através do teste do iliopsoas, realizado quando há suspeita de inflamação intra-abdominal. Durante o teste, a extensão ou flexão resistida do quadril pode desencadear dor, indicando a possível irritação do músculo devido a processos patológicos nas estruturas adjacentes.
Essas relações anatômicas e clínicas ressaltam a importância do músculo iliopsoas não apenas na função locomotora, mas também como um indicador potencial de doenças intra-abdominais.
Teste do iliopsoas
Quando há suspeita de inflamação intra-abdominal, o teste do iliopsoas é realizado. Neste teste, a pessoa é orientada a deitar-se sobre o lado não afetado e a estender a coxa do lado afetado contra a resistência aplicada pela mão do examinador.
Se essa manobra provoca dor, é considerado um sinal positivo do psoas. Por exemplo, uma inflamação aguda do apêndice vermiforme pode resultar em um sinal positivo do psoas no lado direito.
Ação do iliopsoas
O músculo iliopsoas é um potente flexor e adutor da articulação do quadril, além de ser o mais forte desses músculos. Ele desempenha um papel crucial na flexão lateral da coluna vertebral lombar e na estabilização da pelve.
Quando considerado individualmente, o músculo ilíaco é responsável por flexionar o quadril e realizar a rotação lateral da coxa, enquanto o músculo psoas maior flexiona a coxa e a coluna lombar, além de inclinar a coluna homolateralmente.
Durante a marcha, o iliopsoas desacelera a extensão do quadril, o que diminui o impacto na fase de balanço da marcha. No entanto, essa ação aumenta a tensão na panturrilha homolateral, reduzindo a dorsiflexão do tornozelo.
Se o músculo psoas está tenso, ele impede uma extensão efetiva do quadril, o que encurta os músculos da panturrilha e altera a fase de apoio da marcha, resultando em uma diminuição da dissociação das cinturas.
Além de suas funções mecânicas, o iliopsoas também age como um mensageiro emocional e está ligado aos movimentos respiratórios devido à sua conexão parcial com o diafragma. Quando o iliopsoas está encurtado ou enrijecido, ele afeta o equilíbrio estrutural e biomecânico do corpo, levando a compensações que podem resultar em dores e lesões.
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Referências
Moore, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2014.
Drake, R. L., Vogl, A. W., & Mitchell, A. W. M. Gray – Anatomia clínica para estudantes. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.