Quer saber mais sobre o que é enxaqueca? Dê uma olhada no texto que o Estratégia MED preparou para você. Vamos lá!
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O que é enxaqueca?
Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa. Ela é caracterizada por ser geralmente unilateral — em apenas um lado da cabeça —, pulsátil e latejante. As crises não são curtas, podem durar várias horas, é nesse período que elas normalmente estão associadas a outros sintomas como vômitos, náuseas e enjoos. Vale ressaltar que enxaqueca não é sinônimo de cefaleia.
Existem mais de 100 tipos de dores de cabeça. A enxaqueca é um específico que está associado a uma predisposição genética do indivíduo, que pode ser estimulada por diversos fatores externos e pelos hábitos de vida do paciente. Alguns deles estão relacionados a questões emocionais como o estresse, que é uma das grandes causas conhecidas da enxaqueca.
Os dados sobre essa doença são muito relevantes. É um quadro que pode afetar quase 12% das pessoas, sendo que a forma crônica afeta de 1% a 2% da população mundial. A enxaqueca está frequentemente associada a doenças cardiovasculares e psiquiátricas, assim como a distúrbios do sono. As mulheres são de 2 a 3 vezes mais acometidas por essa doença do que os homens.
Quais as principais causas?
A causa inicial para o quadro de enxaqueca é uma predisposição genética.
Hábitos alimentares também podem interferir na manifestação da doença, principalmente aqueles relacionados a excessos na ingestão de determinados alimentos como bebidas alcoólicas, café ou cafeína, chocolate, embutidos e queijos com sabor forte, ‘fast food,’ que possuem compostos para realçar o paladar e conservantes, e de alguns tipos de adoçantes.
Outros fatores importantes que podem intensificar e estimular o quadro são:
- Falta ou baixa qualidade do sono;
- Poluição sonora ou visual, que geram muita estimulação e são uma causa frequente da enxaqueca; e
- Estresse e outras questões relacionadas ao humor como alguns transtornos e a depressão.
Quais os principais sintomas da enxaqueca?
O principal sintoma da enxaqueca é uma dor de cabeça intensa, incapacitante, pulsátil ou latejante em um dos lados da cabeça. Além desse quadro, o paciente pode apresentar diversas outras queixas, como:
- Náuseas e vômitos;
- Menor tolerância a barulhos e à luz, o que faz com que a pessoa normalmente se retire para um local escuro;
- Inicialmente, antes da enxaqueca propriamente dita, são comuns quadros de alteração do humor e de distúrbios do apetite, como a vontade exagerada de consumir determinado alimento, e até mesmo, falta de apetite;
- Alterações da visão são típicas da aura, que pode estar presente em boa parte dos pacientes com enxaqueca. Os indivíduos veem pontos de luz ou borrões escuros que prejudicam o campo visual;
- Dificuldade de equilíbrio e formigamento, assim como falta de coordenação dos músculos, são sintomas da aura na enxaqueca; e
- Dificuldade de concentração, agitação e depressão, esses são sintomas frequentes no estágio final da crise.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, ou seja, não existe um exame que comprove a enxaqueca. A história dos antecedentes familiares e a pesquisa dos hábitos de vida do paciente como o padrão alimentar, descanso e lazer podem ajudar. É importante que sejam excluídas outras causas de cefaleia, já que diversos quadros de dor de cabeça podem ser confundidos com enxaqueca.
O diagnóstico é feito pelo médico, normalmente um neurologista, com base na Classificação Internacional de Cefaleias da International Headache Society. Esse método consiste na avaliação das crises e contribui para a padronização dos diagnósticos. Uma tabela é usada como procedimento de triagem. Segundo ela, a ocorrência de 5 crises, que preencham os seguintes critérios, configura enxaqueca:
- Crise de cefaleia de 4 a 72 horas;
- Cefaleia com, pelo menos, duas das seguintes características: localização unilateral, ser pulsátil, intensidade moderada ou forte, e agravamento por atividade física; e
- Durante as crises ter um dos seguintes sintomas: náuseas e vômitos ou fotofobia e fonofobia.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca precisa do diagnóstico e do acompanhamento médico, uma vez que o uso descontrolado de analgésicos pode piorar quadros futuros da doença e até mesmo criar certa resistência do organismo.
A prevenção pode ser feita com uma intervenção não medicamentosa nos hábitos de vida da pessoa, limitando os fatores que costumam causar a enxaqueca. Uma alimentação saudável, sem ficar muito tempo em jejum, sem excessos, evitando álcool, açúcar, embutidos, ‘fast food’ e café, pode prevenir novas crises.
Além disso, a higiene do sono e o manejo de fatores estressantes podem ajudar no tratamento, a atividade física e a limitação da exposição de fatores muito estimulantes como cheiro, luz e som intenso, também colaboram com o tratamento e prevenção.
Alguns tratamentos medicamentosos apresentam sucesso na prevenção e profilaxia de novas crises de enxaqueca. As principais classes são:
- Beta-bloqueadores como propranolol;
- Antidepressivos tricíclicos como amitriptilina;
- Bloqueadores de canais de cálcio como flunarizina;
- Antagonistas da serotonina como metisergia; e
- Antiepilépticos como ácido valpróico e gabapentina.
Porém, durante as crises agudas de enxaqueca, é necessária a administração de outras classes de drogas. As principais são: triptanos como Zomig, Naramig e Sumax; ergotamínicos como Cefaliv e Cefalium; além de outras como corticóides, antieméticos, opióides, anti-inflamatórios e analgésicos.
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