Herpes-zóster: o que é, sintomas e muito mais!

Herpes-zóster: o que é, sintomas e muito mais!

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O que é herpes-zóster?

Herpes-zóster é a reativação da infecção latente pelo vírus varicela-zóster, um DNA vírus pertencente à família Alphaherpesviridae, que, assim como os demais herpes-vírus, possui a capacidade de permanecer latente em tecidos nervosos

Transmissão da Herpes-zóster

O vírus varicela zóster é transmitido por doentes com varicela, popularmente conhecida como catapora, por meio de secreções respiratórias. Mais raramente a transmissão pode ocorrer por fluido de vesículas da doença primária ou de lesões de zóster. 

Nesse primeiro contato, é desenvolvido o quadro da primoinfecção, que é a varicela. Após a sua resolução, o vírus varicela zóster permanece latente em gânglios sensoriais durante toda a vida e pode ou não sofrer reativação, que ocorre quando há declínio da resposta imune celular a esse patógeno. 

Na reativação, há necrose neuronal e o vírus migra pela fibra sensorial até atingir o dermátomo, causando as erupções típicas dessa doença. O dermátomo é um território cutâneo cuja inervação vem toda de uma única raiz nervosa.

Sintomas

Os principais sintomas relacionados ao herpes-zóster são a dor ou parestesia associada à erupção presente em dermátomo. As lesões iniciam como máculas eritematosas, que evoluem para pústulas e na sequência tornam-se crostosas. As crostas podem deixar cicatrizes ao se desprenderam. Tais lesões regridem espontaneamente em 3 a 6 semanas contadas do início dos sintomas.

Por atingir a pele inervada pela fibra, meio de migração do vírus, tais lesões não são generalizadas, de modo que a presença de afecções em localizações que não respeitam a divisão dos dermátomos, com as características acima especificadas, abre espaço para o diagnóstico diferencial de outras doenças, tais como herpes simples, impetigo, dermatite de contato e dermatite herpetiforme.

Uma complicação comum é a neuralgia pós-herpética, caracterizada por dor intensa constante, intermitente ou lancinante, isso ocorre, pois o vírus causa dano e inflamação no gânglio sensorial, ativando assim nociceptores periféricos, que amplificam e mantém a dor cutânea. Também pode haver complicação oftalmológica, pelo acometimento do ramo oftálmico pelo zóster, visto que pode causar comprometimento ocular e levar a sequelas graves.

Por fim, existe uma complicação rara, denominada síndrome de Ramsay-Hunt, que ocorre devido à infecção nos nervos facial e auditivo. Causa dor intensa no ouvido, vesículas em canal auditivo e paresia ou paralisia facial.

Diagnóstico

O diagnóstico da herpes-zóster é eminentemente clínico, visto que suas lesões são muito características. No exame de material de raspado do assoalho de bolha ou no aspirado de conteúdo, é possível observar células gigantes virais. Também se encontra o vírus varicela zóster em material de vesícula com o uso de métodos imuno-histoquímicos.

Tratamento da herpes-zóster

Ao longo da fase exsudativa, medicação tópica secante e que alivie a sintomatologia pode ser utilizada, entretanto, é contraindicado o uso de corticosteroides. Além disso, deve ser instituído o uso de aciclovir, fanciclovir ou valaciclovir a fim de limitar a extensão e duração das doenças e reduzir o risco de complicações. 

O esquema terapêutico é realizado da seguinte forma:

  1. Crianças: aciclovir 500 mg/m2 intravenoso a cada 8 horas ou 10 mg/kg a cada 8 horas, durante 5 a 10 dias;
  2. Adultos imunocompetentes: aciclovir 800mg por via oral 5 vezes ao dia por 7 dias; aciclovir 500 mg/m2 intravenoso a cada 8 horas, durante 5 a 7 dias; valaciclovir 1000 mg por via oral a cada 8 horas por 7 dias; fanciclovir por via oral a cada 8 horas por 7 dias; e 
  3. Adultos imunocomprometidos: aciclovir 10mg/kg intravenoso a cada 8 horas por 7 a 10 dias, ou foscamete 40mg/kg a cada 8 horas por 14 dias.

Na neuralgia pós-herpética utiliza-se a associação de paracetamol e codeína, três vezes ao dia. Nos quadros mais graves, indica-se o uso de antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivantes, como amitriptilina e gabapentina. 

Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacina contra a varicela, indicada a vacinação na infância, de trabalhadores da saúde sem evidências de imunidade contra a varicela e de pessoas vivendo com o HIV. Existe também vacina específica para profilaxia da herpes-zóster, indicada para pessoas acima de 50 anos que farão uso de imunoterapia ou corticoterapia, com o objetivo de reduzir a incidência e a gravidade da doença.

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