Rubéola: causas, sintomas e muito mais!

Rubéola: causas, sintomas e muito mais!

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O que é rubéola?

A rubéola é uma doença exantemática infectocontagiosa que atinge crianças e adultos. Tem evolução benigna, entretanto, possui grande importância epidemiológica ao acometer gestantes, visto que tal infecção tem potencial teratogênico.

Causa e transmissão da rubéola

A rubéola é causada por um vírus de RNA, chamado rubivirus, da família Togaviridae. Esse vírus tem transmissão respiratória, por secreções da nasofaringe de pessoas infectadas.

Essa doença está distribuída no mundo todo. Quando um bebê nasce com rubéola congênita, a notificação da condição é compulsória

O vírus é transmitido desde o final do período de incubação até cerca de 2 semanas após o exantema. Entretanto, recém-nascidos com a forma congênita podem transmitir a doença de forma persistente. Pessoas vacinadas não são capazes de transmitir o vírus.

Sintomas da rubéola

Na rubéola, podem haver sintomas que precedem o exantema, como cefaleia, mal-estar, conjuntivite, febre e adenomegalia. No entanto, tais sintomas são inespecíficos. Esses pródromos podem perdurar por até 3 dias.

Na sequência, surge o exantema maculopapular, com início no rosto e pescoço. Possui aspecto segmentar e geralmente não é descamativo. Pode ser acompanhado de febre baixa.

Há um sinal importante na rubéola, denominado sinal de Forscheimer, que corresponde à presença de petéquias no palato. Esse sinal quando associado a adenomegalia retroauricular são bastante característicos da rubéola.

Um sintoma relevante em jovens do sexo feminino é a artralgia, que geralmente acomete as pequenas articulações, contudo pode evoluir para artrite.

Complicações

As complicações da rubéola, exceto sua forma congênita, são raras, porém podem ser citadas como as formas principais:

  1. Artrite: atinge cerca de 30% das mulheres jovens e acomete articulações falângicas, punhos e  joelhos;
  2. Trombocitopenia: ocorre em 1 a cada 3000 casos e é mais recorrente em crianças; e
  3. Encefalite: acontece em 1 a cada 6000 casos e, normalmente, surge após o período exantemático.

Diferença entre rubéola e sarampo

Apesar de ambas serem doenças virais exantemáticas, os agentes causadores são diferentes. Enquanto a rubéola é causada por um vírus da família Togaviridae, o sarampo tem como causa um vírus da família Paramyxoviridae.

Além disso, há diferenças importantes em relação aos sintomas. A rubéola cursa com exantema, febre baixa e exantema, ao passo que o sarampo, além do exantema, causa febre alta, adinamia, anorexia e sintomas respiratórios. O sarampo complicado pode levar a otites, laringites, diarreia, pneumonia e encefalite. 

Dito isso, conclui-se que o sarampo é, em geral, uma doença mais grave que a rubéola e com pior prognóstico

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por dados clínicos compatíveis com a doença associados à confirmação laboratorial. Nos casos de rubéola adquirida no período pós-natal, é realizada a sorologia para detecção de anticorpos IgM e IgG específicos para a rubéola. Geralmente, a presença dos anticorpos IgM indica infecção aguda.

Na forma congênita, é possível verificar alterações morfológicas pela ultrassonografia, isolar o vírus até o 6º mês de vida, ou realizar sorologia da mãe e do recém-nascido.

Tratamento

Não existe nenhum tratamento específico para rubéola, de maneira que se deve tratar os sintomas e adotar conduta expectante para resolução da doença.

No entanto, existe profilaxia para essa patologia, visto que há vacina para evitar a rubéola. No Brasil, essa vacina é fornecida pelo SUS, dentro da tríplice viral, que além de cobrir essa doença, oferece proteção contra sarampo e caxumba. O esquema vacinal inclui a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Se o adulto até 29 anos não tiver sido vacinado, deve receber duas doses. Entre os 30 e 49 anos, deve receber 1 dose.

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