Varíola dos macacos: surgimento, sintomas, transmissão e mais!

Varíola dos macacos: surgimento, sintomas, transmissão e mais!

Como vai, futuro Residente? Você já ouviu falar na Varíola dos Macacos? Bom, caso não tenha ouvido, nós do Estratégia MED trouxemos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre essa doença que tanto assusta os infectologistas de países do mundo inteiro! Novos casos vem surgindo no globo, preocupando as autoridades de saúde, sendo importante, portanto, para seu conhecimento médico. Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!

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O que é Varíola dos macacos?

Segundo o Instituto Butantan, a varíola dos macacos é uma doença infectocontagiosa, considerada uma zoonose silvestre, presente principalmente em regiões de floresta na África Central e Ocidental. É causada por dois tipos de vírus, pertencentes à família dos ortopoxvírus. Ainda que cause sintomas graves nos acometidos, a doença é autolimitada, ou seja, não necessita de tratamento.

Sintomas

Seus principais sintomas incluem febre, cefaleia, mialgia, dores nas costas, linfonodos edemaciados, calafrios e fadiga. Além de lesões cutâneas, semelhantes às da catapora,  primeiramente no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo genitália.  

Tais sintomas podem ser de leves a graves e as lesões cutâneas podem ser pruriginosas ou dolorosas. Acredita-se que a baixa imunidade à infecção em pacientes viajantes ou expostos de outra maneira, seja o que causa a diferença clínica em pacientes que moram na África Ocidental e Central, que apresentam a doença na forma autolimitada. 

Transmissão

A fonte de transmissão da varíola dos macacos ainda não foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas acredita-se que possa ser transmitida via contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal), ou a partir do contato com superfícies contaminadas, bem como as lesões. 

Sua capacidade de transmissão não é tão elevada, o que faz com que especialistas não vejam riscos para uma possível epidemia de altas proporções. Mas, ainda sim, devido ao período de incubação extenso do vírus (de 6 a 13 dias), pessoas infectadas devem ficar isoladas e em observação por 21 dias. 

A doença não é considerada, até então, uma infecção sexualmente transmissível. Porém, a proximidade e o contato com pessoas com lesões infectadas podem, também, transmitir a doença.

Estado de emergência global

Por conta do rápido aumento de casos pelo mundo, no dia 23 de julho, sábado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde global.

Até o dia da declaração, eram mais de 16 mil casos registrados em 75 países, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Até o momento, cinco mortes em decorrência da doença foram relatadas, porém o surto e a transmissão podem ser contidos com as ferramentas disponíveis atualmente.

No Brasil, são mais de 600 casos contabilizados da doença até hoje, 25 de julho, segundo o Ministério da Saúde. O país também está articulando uma possível aquisição de vacinas, além de dispor de testes para diagnóstico suficientes para todos que se enquadrem na definição de casos suspeitos para varíola dos macacos.

Como essa doença surgiu?

A varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez em 1958, em macacos mantidos para pesquisa e, em 1970, na República Democrática do Congo, foi identificado o primeiro caso em humano e, desde então, vem sido relatada em outros países da África Central e Ocidental. 

Mas em 2022, foi identificado o primeiro caso na Inglaterra. Em um mundo globalizado, é apenas uma questão de tempo para que essa doença chegue ao Brasil. 

Qual o posicionamento dos países e dos especialistas?

Especialistas infectologistas, como o doutor Evaldo Stanislau, acreditam que o Brasil está potencialmente sujeito a apresentar casos de varíola dos macacos, após a identificação de casos na Europa. 

Tratando-se de uma doença autolimitada que não seja motivo para grandes preocupações, é importante que haja um preparo das autoridades de saúde para administrar a doença, caso ela chegue ao Brasil, evitando problemas de saúde pública. 

O médico deve ter um olhar clínico atento para identificar e notificar casos suspeitos com lesões de pele, associados às outras manifestações clínicas como febre, mialgia, cefaleia, entre outras. 

Qual a diferença de “varíola normal”? 

A principal diferença entre as doenças, até o momento, é que a varíola dos macacos infecta humanos e animais, enquanto a varíola humana infecta apenas humano. As duas manifestações apresentam semelhanças nas manifestações clínicas.

Por exemplo, ambas apresentam lesões cutâneas como primeira manifestação, além da febre, fadiga, dores musculares e cefaléia. Porém, a varíola dos macacos persiste com edema dos gânglios linfáticos, o que não ocorre na varíola humana. 

Além disso, a transmissão entre humanos da varíola humana é muito mais fácil e rápida do que a dos macacos, o que também tranquiliza os especialistas. 

Existe prevenção para essa doença?

Desde  1980, a OMS certificou a varíola como uma doença erradicada, após uma ampla e sucedida campanha de vacinação global. 

Ainda que haja uma vacina específica para o vírus da varíola, por ser extremamente parecido com o vírus da varíola dos macacos, a mesma vacina propõe alta eficácia, de até 85%, para proteção contra essa doença. 

Além disso, é importante que residentes e viajantes de regiões endêmicas evitem o contato com animais infectados que possam ter o vírus incubado, além de evitar ingerir ou manipular carnes selvagens. Medidas de higiene pessoal, como higienização das mãos, também são importantes, para evitar a exposição ao vírus por contato com pessoas e superfícies infectadas. 

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Gostou do conteúdo? Esse foi um pequeno resumo sobre  Varíola dos Macacos, importante para seu conhecimento não só pelas provas de Residência Médica, mas principalmente pela sua prática clínica!

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