Neste texto, apresentaremos uma visão completa da residência em Clínica Médica no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Para elucidar como funciona o programa, discutimos temas como a rotina da residência, os plantões, o clima entre os residentes e corpo clínico, além do ambiente acadêmico e as oportunidades de pesquisa e publicação. Continue no texto e explore a dinâmica deste renomado hospital universitário.
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A residência em Clínica Médica no HUWC
Para compreender como funciona o programa, o Estratégia MED conversou com Mateus Francelino, residente do primeiro ano de Clínica Médica do HUWC, uma instituição conveniada à Universidade Federal do Ceará. Ao todo, são oferecidas anualmente 20 vagas para o programa de Clínica Médica da instituição, que possui duração de dois anos.
Estrutura do HUWC
A Clínica Médica no HUWC oferece suporte em diversas especialidades, com acesso a uma ampla variedade de exames, incluindo tomografia e ressonância magnética. No HUWC não há um departamento de emergência, mas o hospital desempenha um papel crucial no tratamento de pacientes encaminhados de outras instituições, como UPAs e hospitais secundários que requerem atendimento terciário.
A capacidade de leitos da Clínica Médica varia, com cerca de 80 a 100 leitos disponíveis. Além disso, o hospital possui UTIs para pacientes com problemas clínicos e para aqueles em pós-operatório, e há planos para a abertura de uma nova UTI com aproximadamente 30 leitos adicionais. O hospital também disponibiliza serviços de imagem, hemodinâmica e endoscopia, além de uma gama de exames complementares.
Clima
O clima entre os residentes é amigável e colaborativo, com apoio mútuo. No entanto, a interação com os staffs pode ser limitada devido à carga horária da residência, que inclui apenas alguns meses dedicados à Clínica Médica. Apesar disso, os staffs são prestativos e sempre dispostos a ajudar, mesmo quando os residentes não estão em seus rodízios de Clínica Médica.
Um programa de educação continuada foi implementado recentemente para os residentes do segundo ano, proporcionando um maior contato com a equipe. Esta iniciativa tem sido valiosa para fortalecer a relação entre os residentes e os preceptores.
Rodízios
Embora o hospital não tenha uma rotina extremamente agitada, sua função é vital na rede de saúde de Fortaleza, proporcionando suporte especializado em diversas áreas médicas. Para tal, os residentes de Clínica Médica são divididos em 12 rodízios ao longo do ano, formando oito grupos. Quatro deles passam algum tempo isolados, mas sempre com a assistência de colegas de outras especialidades, como Neurologia e Infectologia, principalmente no primeiro ano clínico.
Os residentes de primeiro ano (R1) passam três meses em Clínica Médica, seguidos por um mês na equipe de resposta rápida do hospital e mais três meses na UTI. O segundo ano (R2) envolve rodízios em Geriatria, Infectologia, Neurologia e Endocrinologia, juntamente com um mês eletivo e dois meses em emergência.
Os meses são divididos entre enfermaria e ambulatório, dependendo das demandas do serviço. Por exemplo, na Cardiologia, a enfermaria geralmente tem prioridade devido à alta demanda, mas os residentes têm a oportunidade de trabalhar no ambulatório quando possível. Em geral, a ênfase na instituição é dada ao atendimento ambulatorial.
Assim, a residência oferece uma ampla variedade de experiências em diferentes especialidades, proporcionando aos residentes a oportunidade de se envolver em diferentes cenários, com a esperança de aprimorar suas habilidades clínicas e ganhar uma visão abrangente da prática médica.
Plantões
No primeiro ano de residência (R1), os residentes participam de plantões de resposta rápida, que geralmente ocorrem durante a semana, tanto no turno diurno quanto noturno. Eles são divididos em duplas para gerenciar plantões e dividir as responsabilidades. Embora a carga de trabalho possa variar de mês para mês, a maioria dos meses envolve plantões.
A relação com os staffs é geralmente harmoniosa, com poucos problemas de atrasos devido a plantões ou outros compromissos. Os staffs são compreensivos e flexíveis em relação a esses desafios logísticos.
Parte teórica
Em relação à parte teórica da residência, ela varia dependendo da especialidade. Enquanto alguns serviços têm um foco maior na enfermaria, outros têm um foco maior no ambulatório. No entanto, geralmente acontecem sessões e aulas semanais para aprofundar a compreensão clínica e discutir casos com as equipes.
A parte acadêmica da residência é fortalecida pelo vínculo do Hospital Universitário com a universidade. Os residentes têm acesso a diversas fontes acadêmicas, incluindo artigos científicos e plataformas de pesquisa. Além disso, o ambiente estimula a publicação de artigos e a realização de pesquisas.
As discussões clínicas são uma parte importante da residência, incentivando os residentes a aprender e aplicar o raciocínio clínico baseado em evidências. O ambiente acadêmico é favorecido pelos preceptores e equipe, que estimulam a leitura e a escrita.
Em resumo, a residência em Clínica Médica oferece uma variedade de experiências clínicas e acadêmicas, incentivando os residentes a se envolverem ativamente no mundo da pesquisa médica e aprimorarem suas habilidades clínicas através de discussões e atividades teóricas.
Descubra mais sobre o programa de residência médica em Clínica Médica no Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC) com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Mateus Francelino, atual residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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