A residência médica de Endocrinologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP-SP) oferece uma formação abrangente, com acesso a recursos avançados e uma variedade de módulos. Com um ambiente de trabalho acolhedor e um futuro mercado de trabalho diversificado, o Estratégia MED te conta mais sobre a área para ampliar os horizontes dos interessados no programa. Siga no texto e saiba mais!
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A residência em Endocrinologia na USP-SP
Para entendermos melhor como funciona o programa de Endocrinologia na USP-SP, o Estratégia MED conversou com Caroline Pamponet, ex-residente da especialidade. Caroline compartilhou sua trajetória e experiência na instituição, que dispõe de até 14 leitos para pacientes internados na Endocrinologia. O serviço atende principalmente casos ambulatoriais, mas também recebe pacientes da emergência, especialmente aqueles com necessidades endocrinológicas específicas.
O programa de residência em Endocrinologia da USP-SP tem duração de dois anos e conta com 10 residentes por ano. Caroline destaca a diversidade regional dos residentes, com colegas provenientes de várias partes do Brasil, incluindo o Norte – como ela, Nordeste e Sul.
Rotina através dos anos
No primeiro ano da residência, já chamado de R3 por levar em consideração os dois anos prévios dedicados ao programa de Clínica Médica – pré-requisito para ingresso na Endocrinologia, os residentes passam por módulos que incluem adrenal, neuroendocrinologia, diabetes e outros aspectos gerais da especialidade.
Já no segundo ano (R4), há uma rotação no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), onde o foco é em tumores neuroendócrinos e câncer de tireoide.
Caroline detalha que, durante toda a residência na USP-SP, o programa conta com módulos de tireoide, genética, obesidade, lípides e doenças osteometabólicas, supervisionados por diversos chefes especializados, garantindo uma cobertura abrangente das diferentes áreas da Endocrinologia. No entanto, não há um período específico para enfermaria. Ainda, no programa, os residentes conciliam atividades como apresentações de casos, visitas e atendimentos ambulatoriais com o manejo dos pacientes internados.
Carga horária e plantões
Os plantões noturnos e de fim de semana são uma parte integral da residência. No primeiro ano (R3), os residentes fazem plantões de enfermaria noturnos, juntamente com os residentes de Imunologia, revezando-se para cobrir as emergências. A carga de plantões pode variar, com uma média de três a quatro por mês, geralmente tranquilos. Nos finais de semana, dois residentes ficam de plantão para atender os pacientes da enfermaria.
Durante a semana, a rotina dos residentes começa geralmente às 8h, com dias que podem se estender até as 20h, dependendo do módulo e das pendências. A médica ainda destaca que, apesar da carga horária intensa, a organização e a divisão de tarefas entre os residentes ajudam a manter o equilíbrio.
Parte teórica e estrutura do hospital
Caroline destacou a carga teórica substancial durante a residência, com discussões de artigos, guidelines e apresentações, variando conforme o módulo. Nas terças-feiras, há visitas clínicas para apresentar casos complexos, envolvendo a colaboração com neurocirurgiões e especialistas de outras áreas.
Um dos pontos fortes do HC é a disponibilidade de recursos diagnósticos avançados, como cateterismos pancreáticos e adrenais, PET-CTs, e outros exames raros, que permitem um diagnóstico preciso e manejo especializado. Caroline ressaltou que, apesar de algumas demoras, a infraestrutura disponível é incomparável, proporcionando uma formação de excelência.
Pontos negativos e de atenção
Sobre a aplicação desse conhecimento em contextos com menos recursos, Caroline acredita que a formação no HC oferece uma base sólida que permite aos médicos inovar e melhorar os serviços de saúde, independentemente das limitações locais. A medicina está sempre progredindo, e eventualmente, outros locais terão acesso a recursos hoje disponíveis apenas em centros maiores. Em casos complexos, ela recomenda encaminhar pacientes para centros mais equipados.
A residência no HC proporciona uma formação abrangente, masuma deficiência é apontada: a falta de discussão sobre endocrinologia esportiva e suplementação, áreas de crescente demanda. Para suprir essa lacuna, os residentes buscam outras formas de aprendizado, como discussões com preceptores e especialistas.
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Clima durante a residência
Sobre o ambiente de trabalho, Caroline relata ter sido bem acolhida, sem preconceitos por vir de outro estado e o clima entre residentes e chefes é geralmente tranquilo, com poucos conflitos internos. A diversidade de chefes, vindos de várias partes do Brasil, contribui para um ambiente inclusivo e compreensivo.
Há muitas vantagens em fazer residência em uma instituição como a USP-SP. A experiência amplia a mente e oferece muitas oportunidades. Segundo a médica, em São Paulo, o mercado de trabalho para endocrinologistas formados é variado, incluindo atendimento particular, convênios, indústria farmacêutica e laboratórios.
Descubra mais sobre o programa de residência médica em Endocrinologia na USP-SP com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Caroline Pamponet, ex-residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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