Como é a Residência Médica de Medicina de Família e Comunidade no Ceará
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Medicina de Família e Comunidade no Ceará

A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade médica que se destaca por sua abordagem abrangente e resolutiva no cuidado aos pacientes. Para te ajudar a compreender a dinâmica da especialidade e da Residência Médica em MFC no Ceará por meio das instituições participantes da SURCE, o Portal do Estratégia MED preparou esse texto. Confira os principais pontos abaixo!

A residência em Medicina de Família e Comunidade no Ceará

Para conhecer melhor a rotina dos residentes de MFC nas instituições participantes da SURCE —  principal processo seletivo de residência médica do estado, o Estratégia MED conversou com Ebenezer Bandeira, ex-residente da especialidade. 

Após ser aprovado na SURCE, os candidatos à especialidade de Medicina de Família e Comunidade têm como opções de vinculação instituições como a Escola de Saúde Pública (ESP), as Secretarias Municipais de Saúde (SMS), o HU-UFC (Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará), entre outras. Essas instituições, além de oportunidades diferentes para os residentes, apresentam, cada uma, estrutura e desafios específicos.

Ebenezer destaca a importância de escolher estrategicamente os postos e preceptores, levando em consideração a demanda e a localização geográfica dos postos de saúde. Segundo ele, a experiência do residente pode variar significativamente de acordo com o posto designado, mencionando desafios estruturais, como espaço físico reduzido. Além disso, pode ser interessante avaliar a organização e a visibilidade de alguns postos na mídia. 

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Equipes e rotina

Durante a escolha das vagas, o número de residentes em MFC por posto varia consideravelmente, com alguns postos comportando até seis residentes por equipe, enquanto outros têm apenas um ou dois

A distribuição da carga horária é uma questão relevante, com a residência oferecendo 60 horas semanais, incluindo 12 horas para estudo próprio nos finais de semana. As 48 horas restantes são distribuídas ao longo da semana com atividades teóricas e ambulatoriais. Destaca-se a ausência de atividades noturnas ou nos finais de semana, proporcionando uma rotina mais equilibrada para os residentes.

A distribuição das atividades diárias no posto de saúde varia de acordo com o preceptor e a dinâmica de cada equipe, podendo envolver desde atendimentos conjuntos até uma maior autonomia por parte dos residentes. A experiência de cada residente, portanto, é altamente influenciada pelo posto de saúde designado e pela abordagem do preceptor, sendo essencial uma escolha informada para garantir uma experiência satisfatória durante a residência em MFC no estado.

Rodízios durante a residência

Os rodízios durante o primeiro ano (R1) incluem atividades teóricas, ambulatoriais e de plantão. Os residentes participam de seis horas de atividades teóricas por semana, além de quatro horas em ambulatórios especializados

O rodízio nos ambulatórios ocorre mensalmente, proporcionando uma ampla gama de experiências em diversas áreas, como Dermatologia, Psiquiatria, Endocrinologia e Geriatria. Além disso, os residentes têm a oportunidade de realizar plantões em diversas áreas, como Clínica Médica, Pediatria e pequenas cirurgias, e em locais variados, incluindo unidades de pronto-atendimento (UPAs), hospitais e frotinhas.

Durante a residência, os médicos têm a oportunidade de lidar com uma ampla gama de casos em diferentes postos de saúde. Independentemente do posto, os atendimentos incluem pré-natal, saúde mental, HIPERDIA (hipertensão, diabetes, obesidade, lipidemia), além de casos clínicos gerais e pequenas urgências

No segundo ano (R2), as atividades são semelhantes, mas sem as seis horas de plantão obrigatórias, a menos que o residente não tenha completado todos os plantões. No R2, os residentes têm mais tempo no posto e assumem responsabilidades adicionais, como apresentar casos clínicos, matriciamentos e aulas teóricas.

Clima e atividades teóricas 

Os meses especiais, tanto no R1 quanto no R2, oferecem experiências valiosas, como o mês de emergência cirúrgica, práticas integrativas e cuidados paliativos. Nestes meses, os residentes têm a oportunidade de vivenciar situações práticas e aprender com uma variedade de profissionais. Além disso, os residentes têm a responsabilidade de capacitar os internos, criando uma cultura de colaboração e aprendizado mútuo

As atividades teóricas ocorrem semanalmente, incluindo aulas sobre diversos temas clínicos e discussões de casos. Os matriciamentos também são uma parte importante do programa, permitindo a interação com especialistas para o manejo de casos específicos. Essa diversidade de experiências e a oportunidade de explorar diferentes áreas da medicina tornam a residência em MFC no Ceará uma experiência completa e enriquecedora para os residentes.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em MFC no Ceará com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Ebenezer Bandeira, ex-residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

Se você quer ficar por dentro de mais conteúdos relevantes sobre a área médica, continue acompanhando o material preparado pelo Portal de Notícias do Estratégia MED. Aqui, você encontrará informações atualizadas sobre residências, carreira médica e muito mais.

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