Como é a Residência Médica de Medicina Intensiva no HUWC
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Medicina Intensiva no HUWC

Na residência médica em Medicina Intensiva no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará, os residentes enfrentam uma série de desafios e experiências únicas que moldam sua formação profissional. Para ajudar na sua escolha, o Estratégia MED te explica desde a distribuição dos plantões e a carga horária, até a infraestrutura tecnológica e mais sobre esse programa. Siga no texto e confira as principais informações!

A residência em Medicina Intensiva no HUWC

Para entendermos melhor como funciona o programa de Medicina Intensiva no HUWC, o Estratégia MED conversou com Dilson Feitoza, atual R2 da especialidade. O médico trouxe aspectos relevantes sobre a área e as instituições hospitalares onde a prática do programa ocorre.

O Hospital Universitário (HU) destaca-se por sua estrutura e importância no cenário médico local e conta com 220 leitos distribuídos entre diversas especialidades, incluindo Clínica Médica e Cirurgia Geral. Para Medicina Intensiva, o HU oferece duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs): uma clínica, com oito leitos, e outra pós-operatória, com dez leitos.

Feitoza explica que os pacientes que chegam às UTIs geralmente são transferidos de outras alas do hospital, não havendo um pronto-socorro de acesso direto. No entanto, ele ressalta que a falta desse serviço está sendo revista, especialmente com a expansão prevista do HU, o que pode reintroduzir a emergência no local.

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Rotina através dos anos

No primeiro ano de residência, os médicos têm uma imersão na Clínica Médica, colaborando com equipes de Clínica Médica em hospitais como Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital de Messejana e Instituto Doutor José Frota (IJF), cada um com foco em diferentes especialidades, como Cardiologia, Pneumologia, Endocrinologia, entre outras. A ausência de uma emergência direta no HU leva os residentes a buscar experiências em emergências de outros hospitais, preparando-os para a realidade intensiva.

No segundo ano, a ênfase na UTI aumenta, com rotações intensivas nas unidades do HU e do IJF. As experiências incluem terapia respiratória, UTIs coronariana e pós-operatória. Já oO terceiro ano amplia a visão clínica, com mais responsabilidades na UTI e rotações em áreas afins, como Radiologia e eletivas, permitindo aos residentes explorar interesses específicos.

Plantões

A complexidade da formação é complementada pela necessidade de plantões, que geralmente não são cobertos pela bolsa da residência. Embora a UTI pediátrica não faça parte do programa de residência, os residentes têm a opção de se especializarem nessa área como uma subespecialidade. Os plantões oferecem uma oportunidade adicional de aprendizado prático e complementam a formação acadêmica.

Os plantões, embora possam interferir na qualidade de vida devido ao sono e à rotina exigente, representam uma possibilidade viável para complementar a renda. No HU, os residentes do primeiro ano realizam plantões junto com os colegas de Clínica Médica, com escalas distribuídas conforme o estágio, variando de dois a quatro plantões por mês.

No segundo ano, durante a atuação na UTI, os plantões são restritos a horário comercial, de segunda a sexta-feira, para garantir uma vivência equilibrada e justa entre os residentes. À noite e nos finais de semana, os plantões são assumidos por outros profissionais, permitindo com que os residentes se dediquem à formação intensiva.

Carga horária e parte teórica

A carga horária, respeitando as 60 horas mensais no R1 e de acordo com a demanda do serviço no R2, geralmente não apresenta dificuldades, embora possa estender-se em situações específicas, como em casos de intercorrências. 

A estrutura teórica da residência, ainda em processo de consolidação, inclui sessões clínicas semanais para revisão de artigos e discussões multidisciplinares, além de aprendizado prático no ambiente da UTI.

A rotina na UTI é dinâmica e desafiadora, com manhãs intensas dedicadas a visitas e discussões de casos, seguidas por atividades clínicas e reuniões multidisciplinares. Apesar da natureza exigente, a interação com a equipe e a oportunidade de aprender com casos reais tornam a experiência gratificante para os residentes.

Pontos positivos e negativos

Comparativamente, a residência em Medicina Intensiva no HUWC apresenta particularidades em relação a outras residências, como a distribuição dos plantões e a ênfase na atuação prática na UTI. Ainda assim, a formação integral e a oportunidade de desenvolver habilidades clínicas e teóricas continuam sendo os pilares fundamentais da jornada dos residentes.

A ênfase na clínica é notável no HUWC, o que representa um diferencial significativo para quem busca aprofundar seus conhecimentos nessa área. Quanto aos recursos tecnológicos, o hospital apresenta uma boa disponibilidade, embora possa enfrentar limitações orçamentárias comuns a hospitais públicos. A presença de ventiladores e a possibilidade de acesso ao ECMO, embora mais específica, são pontos positivos a se considerar. Além disso, a disponibilidade de ultrassom e ressonância magnética complementa a infraestrutura técnica do hospital.

No entanto, é importante reconhecer que, embora o HU ofereça uma gama de recursos, a demanda por determinados equipamentos e serviços pode variar, sendo necessário buscar parcerias externas em casos mais específicos, como o ECMO.

Para Feitoza, a escolha pelo HU como local de residência médica oferece uma série de benefícios, mas é importante considerar as particularidades de cada instituição e suas nuances no contexto da formação médica.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Medicina Intensiva no HUWC-UFC com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Dilson Feitoza, residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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