A Neurorradiologia é uma subespecialidade médica que combina conhecimentos da Radiologia e das Neurociências. Por meio dela, é possível realizar diagnósticos precisos e, em alguns casos, tratamentos minimamente invasivos de doenças que acometem o sistema nervoso central, periférico, a coluna vertebral e também estruturas da cabeça e do pescoço.
Além da atuação no diagnóstico por imagem, o neurorradiologista também pode trabalhar com procedimentos intervencionistas minimamente invasivos, contribuindo diretamente no tratamento de diversas doenças neurológicas. Entenda o que faz um médico neurorradiologista, como é sua atuação na prática e quais os caminhos para se especializar na área abaixo!
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O que é Neurorradiologia?
A Neurorradiologia é uma área da Radiologia que se dedica à realização, análise e interpretação de exames de imagem do sistema nervoso, como cérebro, medula, nervos periféricos e coluna, além de estruturas da face e do pescoço.
Ela tem papel fundamental no diagnóstico de uma série de condições neurológicas, neurocirúrgicas e ortopédicas, desde doenças vasculares, como o AVC, até tumores, infecções, doenças degenerativas, malformações congênitas, traumas e lesões da coluna.
Além da atuação no diagnóstico, existe também a Neurorradiologia Intervencionista, área na qual o especialista realiza procedimentos terapêuticos minimamente invasivos guiados por imagem, como embolização de aneurismas, trombectomia em casos de AVC isquêmico e tratamentos de malformações vasculares.
Áreas de Atuação para o profissional
O neurorradiologista é um especialista essencial dentro das equipes multidisciplinares que envolvem neurologistas, neurocirurgiões, ortopedistas, oncologistas e otorrinolaringologistas. Sua função principal é analisar exames de imagem de alta complexidade, especialmente ressonância magnética, tomografia computadorizada, angiografia e outros métodos específicos do sistema nervoso.
É ele quem fornece os dados cruciais para a definição de diagnósticos, prognósticos e condutas terapêuticas. Além disso, dependendo da formação, pode atuar diretamente em procedimentos intervencionistas, utilizando técnicas endovasculares ou percutâneas para tratar determinadas patologias neurológicas de forma minimamente invasiva.
Residência Médica em Neurorradiologia
O caminho para se tornar neurorradiologista começa pela graduação em Medicina, seguida da residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, que tem duração de três anos. Durante esse período, o médico aprende a realizar, interpretar e laudar exames de imagem de todo o corpo, não apenas do sistema nervoso.
Após a conclusão da residência em Radiologia, é necessário ingressar em um programa de subespecialização em Neurorradiologia. Esse aperfeiçoamento pode ser feito na modalidade de fellowship, estágio de aprimoramento ou residência médica em área de atuação, com duração média de um a dois anos, dependendo da modalidade e instituição.
Durante essa etapa, o profissional aprofunda seus conhecimentos em anatomia neurológica, técnicas específicas de imagem e patologias neurológicas, além de, se desejar, se capacitar para atuar na área intervencionista.
Atualmente, 26 vagas para Neurorradiologia estão autorizadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) no Brasil. Entre as instituições que ofertam o programa estão a Faculdade de Medicina da USP (USP-SP), Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEM).
Confira a matriz de competência do programa de Residência Médica em Neurorradiologia no Brasil:
Após concluir a residência médica ou curso de especialização na área, o profissional pode prestar o Exame para Certificação de Atuação em Neurorradiologia, realizado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). A prova é destinada a especialistas em Radiologia, Neurologia ou Neurocirurgia que tenham cumprido os critérios de formação complementar exigidos.
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