Como é a Residência de Medicina de Família e Comunidade no Hospital Santa Marcelina
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Como é a Residência de Medicina de Família e Comunidade no Hospital Santa Marcelina

Neste texto, mergulhamos na dinâmica da residência médica em Medicina de Família e Comunidade no renomado Hospital Santa Marcelina, participante do processo seletivo unificado do Sistema Único de Saúde de São Paulo (SUS-SP). Capturamos a perspectiva da residente Caterina Germino, que nos ofereceu uma análise com panorama completo da residência, destacando seus pontos fortes e áreas de aprimoramento.

Se você quer saber mais sobre o programa, desde a imersão nas Unidades Básicas de Saúde até os desafios enfrentados, bem como as enriquecedoras reuniões teóricas e oportunidades de produção científica, continue no texto!

A residência em Medicina de Família e Comunidade no Hospital Santa Marcelina

O programa de Medicina de Família e Comunidade (MFC) no renomado Hospital Santa Marcelina é um destaque na área da saúde pública em São Paulo. Para nos orientar nessa exploração, conversamos com Caterina Germino, residente no primeiro ano de MFC. 

Com duração de dois anos, o Santa Marcelina oferece anualmente 20 vagas para Medicina de Família e Comunidade por meio do SUS-SP. A instituição somente é escolhida durante o período reservado para o Leilão de Vagas

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Dia a dia e rodízios

No âmbito da residência, Caterina detalha a ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS), que ocupa cerca de 55% da carga horária. O Santa Marcelina proporciona uma experiência diversificada, estendendo-se além do hospital, com rodízios em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), CAPs e outros locais geridos pelo hospital. Ela salienta que a residência não se restringe a um único posto, permitindo uma ampla exploração de diferentes serviços.

No primeiro ano de residência, a programação é estruturada para oferecer uma base sólida. Nos dois primeiros meses, os residentes se dedicam integralmente às UBSs. Após esse período, o rodízio inclui áreas como ginecologia, clínica médica, pediatria, psiquiatria e muito mais. Essa abordagem abrangente é um ponto de destaque na formação dos médicos de família e comunidade, proporcionando uma visão holística da prática médica.

A residência no Santa Marcelina permite a vivência completa do Sistema Único de Saúde (SUS), desde o acolhimento na unidade até os encaminhamentos para especialistas e o acompanhamento das decisões. O hospital está localizado em uma região de alto índice de vulnerabilidade socioeconômica, o que prepara o profissional de forma abrangente e enriquecedora, além de moldar médicos completos e aptos a lidar com os desafios do SUS.

No segundo ano de residência, a flexibilidade entra em cena, com estágios optativos em especialidades menos abordadas. A UPA de Itaquera se torna um palco de aprendizado intensivo, com uma circulação de até 30 mil atendimentos mensais. Plantões também fazem parte da experiência, abrangendo principalmente áreas como obstetrícia, porém, não se tratam de plantões noturnos e nem de finais de semana.

Carga horária e reuniões teóricas

Quanto à carga horária, Caterina comenta que esta não é tão intensa, já que fica em torno de 44 horas semanais. Em determinados períodos, a carga horária semanal pode ser um pouco maior, em parte devido ao tempo dedicado às UBSs e às atividades extracurriculares, como mutirões e cursos

No contexto da MFC, o Santa Marcelina emerge como um campo de formação completa e enriquecedora, forjando médicos aptos a enfrentar as demandas diversificadas do sistema de saúde. As reuniões teóricas semanais ajudam, já que abordam desde espiritualidade até cuidados paliativos e diretrizes de doenças. Casos clínicos reais das UBSs também são discutidos. 

Na mesma linha, o estímulo à produção científica é notável, com um setor específico dentro do hospital direcionado a auxiliar residentes na elaboração de trabalhos, e incentivos para apresentação em congressos.

Expectativas após a residência

Segundo a residente, os aspectos fortes do programa são a vivência nas UBSs, a abrangência completa do SUS e a flexibilidade do segundo ano. No entanto, Caterina reconhece que a organização do sistema de saúde e os desafios enfrentados pela MFC são pontos que precisam de aprimoramento.

Com uma paixão evidente pela MFC, Caterina projeta um futuro promissor para os especialistas da área, destacando a crescente demanda por médicos especializados em unidades básicas de saúde e clínicas de família. A MFC é vista como uma área crucial para prevenir doenças crônicas e agravos, impulsionando a saúde geral da população.

No tocante ao mercado de trabalho, o Hospital Santa Marcelina oferece oportunidades após a residência, e a expansão da MFC em clínicas e hospitais demonstra sua relevância crescente. Caterina compartilha também que muitos residentes optam por permanecer nesse campo após a formação.

Em resumo, a experiência na residência de MFC no Hospital Santa Marcelina proporciona uma formação sólida e abrangente, preparando médicos para atuar de maneira significativa nas UBSs, enfrentando desafios e contribuindo para a melhoria do sistema de saúde como um todo.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Medicina de Família e Comunidade no Hospital Santa Marcelina, instituição participante do SUS-SP, com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e a Dra. Caterina Germino, atual residente da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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