Condiloma: tipos, causas e muito mais!

Condiloma: tipos, causas e muito mais!

Quer saber o que é condiloma? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. 

O que é condiloma?

Condiloma é o nome dado a lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV), que pode ser encontrado na região anal e genital de homens e mulheres. Essas lesões são de grande relevância por serem precursoras do câncer de colo do útero

Tipos de Condiloma

O condiloma pode ser classificado em dois tipos. Confira abaixo as características e diferenças entre eles. 

Condiloma plano

O condiloma plano é uma lesão que não apresenta espículas e normalmente é causada pelo HPV oncogênico do tipo 16. Também é conhecido como condiloma lata e é diagnosticado apenas com uso de colposcópio e ácido acético. Além disso, a lesão pode aparecer em outras regiões, como a boca e períneo, em decorrência da sífilis secundária, causada pela infecção por Treponema pallidum.

Condiloma acuminado

O condiloma acuminado é uma lesão verrucosa causada pelo HPV tipo 6 ou 11 que não apresenta potencial oncogênico. Pode ter tamanhos variados e ser uma lesão única ou múltipla. Na histologia, apresenta-se com uma hiperplasia das células epiteliais. 

O exame anatomopatológico pode ser utilizado para fechar o diagnóstico, uma vez que há a presença de coilocitose nas células da lesão pela infecção por HPV. A coilocitose é uma atipia celular, que leva à vacuolização das células e dos núcleos presentes na periferia. 

condiloma acuminado

Sintomas de condiloma

O condiloma geralmente é assintomático, entretanto pode apresentar prurido em algumas pessoas. Por isso, é muito importante fazer o exame preventivo do câncer de colo do útero, chamado de colpocitologia oncótica cervical e popularmente conhecido como papanicolau. O objetivo é diagnosticar a presença de lesões precursoras causadas pelo HPV que podem evoluir para neoplasias malignas. 

Profilaxia

Já que o condiloma é causado pela infecção por HPV, a profilaxia é a mesma para as duas doenças. Dessa maneira, as medidas profiláticas incluem a vacinação contra o HPV e o uso de preservativo.

Vacinação

A vacina contra o HPV está disponível no SUS pelo Programa Nacional de Imunizações e deve ser aplicada em esquema de 2 doses, com intervalo de 6 meses entre elas, para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 14 anos. 

Para portadores de HIV, a vacina deve ser aplicada entre os 9 até 26 anos, com esquema vacinal de 3 doses (0, 2 e 6 meses).

Preservativo

O uso de preservativo é fundamental tanto para a prevenção ao HPV, quanto para evitar o contágio por outras Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Entretanto, a camisinha não previne totalmente a infecção por HPV, já que as lesões podem estar em locais descobertos. Por isso, é necessário associar o exame preventivo à vacinação.

Tratamento

tratamento de condiloma

A maioria dos condilomas regridem espontaneamente pela resposta imune do indivíduo, de modo que não se faz necessária intervenção para resolução do problema.

Quando a lesão não regride espontaneamente, existem diversas abordagens terapêuticas para o condiloma, de maneira que a escolha deve levar em conta diversos fatores, como:

  1. Idade e preferência do paciente;
  2. Dados da lesão, como: tamanho, número, extensão, localização;
  3. Custo do tratamento, disponibilidade, recorrência.

Uma das principais formas de tratamento do condiloma é a exérese da lesão. Apesar de ser uma solução rápida, pode resultar nas complicações de uma pequena cirurgia, como sangramentos e infecções. Além disso, possui taxa de recorrência de aproximadamente 5%. A exérese é o tratamento  mais indicado para lesões volumosas, por permitir que sejam retiradas com boas margens cirúrgicas.

É possível citar também os métodos citodestrutivos físicos, como eletrocauterização, terapia com laser de CO2  e crioterapia. No entanto, todos esses métodos  têm alta taxa de recorrência. 

Os métodos citodestrutivos químicos incluem o uso da podofilotoxina, do 5-fluorouracil e do ácido tricloroacético 70% a 80%. No entanto, as duas primeiras substâncias têm uso proscrito em gestantes, apenas o ácido tricloroacético 70% a 80% é permitido para essas pacientes.  

Por fim, existem os imunomoduladores, representados pelo Imiquimode e Interferon. O primeiro tem boa tolerabilidade, é auto-aplicável e também é mais eficaz na redução da taxa de recorrência do que outros métodos. Já o Interferon é utilizado como tratamento adjuvante dos métodos citodestrutivos físicos ou da exérese da lesão, porém tem como ponto negativo seu alto custo.

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