Como vai, futuro Residente? A vacinação infantil contra a COVID-19 foi aprovada pela Anvisa para crianças de 3 a 5 anos, e é de extrema importância que você saiba para orientação de pacientes. Além disso, pode ser um tema importante nas provas de Residência Médica a longo prazo! Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!
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Epidemiologia
Estima-se que, no Brasil, entre os anos de 2020 a junho de 2022, foram identificados 17.252 casos de Síndrome Respiratória Grave por Covid-19 e 730 mil óbitos entre crianças de 6 meses e 4 anos, com uma letalidade de 8% e 6%, respectivamente. Ou seja, há uma menor incidência e mortalidade em crianças quando relacionada aos adultos, o que não diminui a necessidade de vacinação.
Critérios para identificação da SIMP
Para identificar a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIMP) é necessário o cumprimento de alguns critérios. São eles:
- Idade de zero a 19 anos;
- Febre por 3 ou mais dias;
- Envolvimento multissistêmico (pelo menos 2 critérios):
- Alterações cutâneas: rash, conjuntivite, mucosite ou alteração de extremidades; ou
- Hipotensão ou choque;ou
- Alterações cardíacas: disfunção cardíaca, pericardite, valvulite, alterações de coronárias ou aumento de troponina/BNP; ou
- Sintomas gastrointestinais: diarreia, vômito ou dor; ou
- Marcadores de inflamação elevados: PCR, VHS, procalcitonina; ou
- Ausência de outra doença infecciosa;
- Evidência de SARS-COVID-19: RT-PCR, sorologia, antígenos positivos ou contato com pessoas infectadas pela Covid-19.
Vacina CoronaVac
Foi fundamentado, para autorização da vacina nesta faixa etária, que em 2021 os países China, Hong Kong e Chile foram utilizadas as vacinas CoronaVac em crianças, provando a eficácia da vacina pela redução de hospitalização e de casos graves da doença nessa idade. Portanto, em 14 de julho de 2022, foi aprovada pela Anvisa para o uso no Brasil, com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Imunizações, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.
Sua posologia é feita em 2 doses com o intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda dose, em doses de 0,5 mL por via intramuscular.
Porém, não há um estoque suficiente de doses para a vacinação de todas as crianças em massa, fazendo com que a campanha fosse dividida da seguinte forma:
- 1°: crianças imunocomprometidas de 3 a 4 anos 11 meses e 29 dias;
- 2°: crianças de 4 anos imunocompetentes;
- 3°: crianças de 3 anos imunocompetentes.
Vacinas autorizadas no Brasil
Agora que as vacinas são melhor conhecidas, cada vez mais a vacinação contra a COVID-19 estará presente nas provas de Residência Médica. Vamos relembrar quais são aprovadas no Brasil e seus principais pontos:
CoronaVac
Consiste em uma vacina de vírus inativado. É autorizada para crianças (acima de 3 anos, em duas doses), adultos (em 2 doses), gestantes, imunodeprimidos (exceto entre 6 e 17 anos), e não há relatos de reações adversas graves.
Oxford/AstraZeneca
É uma vacina de vetor viral, que utiliza do Adenovírus para carregar a proteína S para formação de anticorpos. É autorizada apenas para adultos, a partir de 18 anos em duas doses, imunodeprimidos acima de 18 anos (em 3 doses), sendo contraindicada para crianças, gestantes, puérperas e pacientes que tiveram trombose ou plaquetopenia após a primeira dose (suas principais reações adversas).
Porém, ainda que haja reações adversas, é importante lembrar que os benefícios superam os riscos, pois são menores.
Jansen
Também é utilizado um vetor viral, não é autorizada para crianças e gestantes, e deve ser feita em adultos a partir dos 18 anos em dose única, imunodeprimidos acima dos 18 anos em 2 doses até os 39 anos, e em dose única acima dessa idade. Trombose e plaquetopenia também são riscos de reações adversas.
Pfizer
É uma vacina de RNA mensageiro, em que utiliza-se um RNA para que as células humanas expressam a proteína S. Está licenciada para crianças acima de 5 anos, em duas doses de 0,2 mL até os 17 anos – a partir dos 18 anos realiza-se a dose de adulto (0,3 mL).
Pode ser realizada em gestantes e imunodeprimidos acima de 12 anos (em 3 doses), e não apresenta contraindicações específicas. Suas principais reações adversas apresentadas são miocardite e pericardite em adolescentes e crianças jovens, sem relatos em crianças.
Novamente, os benefícios são maiores que o risco, principalmente pelo fato da SIMP cursar com complicações cardíacas. É melhor não correr o risco, né?
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