Resumo sobre Sistema Muscular: definição, classificação e mais!

Resumo sobre Sistema Muscular: definição, classificação e mais!

E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre o Sistema Muscular, o responsável por várias funções corporais.

O Estratégia MED está prestes a introduzir um novo conceito valioso que irá enriquecer seus conhecimentos e impulsionar seu crescimento profissional. Está pronto? Vamos lá!

Definição

O sistema muscular é um conjunto de tecidos musculares especializados, denominados fibras musculares, que se organizam em feixes e formam estruturas macroscópicas chamadas músculos. 

Esses músculos desempenham um papel fundamental no sistema locomotor, interagindo com ossos e articulações para promover o movimento do corpo humano. Além disso, a musculatura não apenas proporciona dinâmica ao movimento, mas também desempenha um papel crucial na manutenção da estática, contribuindo para a sustentação e posição adequada do esqueleto. 

As células musculares, ou fibras, possuem propriedades como irritabilidade, condutividade, extensibilidade e elasticidade, permitindo contração e relaxamento, e podem sofrer adaptações, como a hipertrofia, em resposta a diferentes estímulos e atividades físicas.

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Variedade dos músculos

O sistema muscular é essencialmente regulado pelo sistema nervoso. Cada músculo é associado a um nervo motor, que se divide em ramos para fornecer inervação a todas as fibras musculares. A transmissão do impulso nervoso ocorre por meio de estruturas especializadas chamadas placas motoras, que desencadeiam a contração muscular.

Os atos motores podem ser voluntários ou involuntários, dependendo se são realizados sob controle consciente ou não. Os músculos cardíaco e liso atuam de forma involuntária, enquanto os músculos esqueléticos podem ser tanto voluntários quanto involuntários, como nos reflexos.

Histologicamente, as fibras musculares esqueléticas e cardíacas exibem estriações transversais, enquanto as fibras musculares lisas não apresentam tal característica. A estrutura microscópica dos músculos inclui o endomísio (envolvendo cada fibra), perimísio (envolvendo fascículos) e epimísio (envolvendo grupos de fascículos, formando o músculo).

Os músculos estriados esqueléticos estão ligados ao esqueleto, enquanto os lisos são encontrados nas paredes das vísceras. Músculos estriados podem ser encontrados em algumas vísceras também. Quanto à inervação, os músculos cardíaco e liso são controlados pela divisão autônoma do sistema nervoso, enquanto o músculo esquelético é inervado centralmente.

Músculos como o diafragma, essenciais para a respiração, podem agir involuntariamente, mas também podem ser controlados voluntariamente, especialmente com treinamento exaustivo. Atletas podem desenvolver hipertrofia muscular em resposta a atividades esportivas específicas.

Tipos de fibras musculares

Classificação dos músculos

Existem diferentes critérios para classificar os músculos, e frequentemente não há consenso entre os anatomistas. 

Para uma abordagem mais objetiva, sem aprofundar em debates conceituais ou escolas anatômicas específicas, exploraremos algumas classificações essenciais.

Forma do músculo e arranjo das fibras

A função específica de um músculo influencia diretamente sua forma e a disposição de suas fibras. A diversidade de funções musculares resulta em morfologias distintas, sendo comum encontrar fibras dispostas de maneira paralela ou oblíqua em relação à direção da tração muscular.

  • Disposição Paralela das Fibras: esta configuração é observada em músculos longos, onde o comprimento predomina, e em músculos largos, onde comprimento e largura são equivalentes. Músculos longos frequentemente apresentam uma convergência das fibras em direção aos tendões de origem e inserção, criando um diâmetro maior na parte média, conferindo-lhes uma forma fusiforme. Músculos longos podem também ser cônicos ou cilíndricos, enquanto músculos largos assumem formas triangulares, quadrangulares ou romboidais, podendo as fibras convergirem para um tendão, formando uma disposição em leque.
  • Disposição Oblíqua das Fibras: músculos com fibras oblíquas em relação aos tendões são denominados peniformes, assemelhando-se às barbas de uma pena. Se os feixes musculares se prendem em apenas uma margem do tendão, temos um músculo unipenado; se os feixes se prendem em ambas as margens do tendão, trata-se de um músculo bipenado.
  • Disposição Circular das Fibras: músculos circulares, conhecidos como músculos orbiculares, envolvem orifícios e canais do corpo, adaptando-se à sua função de controle destas aberturas.
Tipos de disposição das fibras musculares
Fonte: Google Imagens

Quanto à Origem

Músculos podem ser classificados quanto à sua origem, dependendo do número de tendões de onde se originam. Músculos com mais de um tendão são designados como músculos bíceps (duas cabeças de origem), tríceps (três cabeças de origem) ou quadríceps (quatro cabeças de origem). Exemplos clássicos incluem o m. bíceps braquial, m. tríceps sural e m. quadríceps femoral.

Quanto à Inserção

Da mesma forma, os músculos podem ser classificados com base no número de tendões nos quais se inserem. Músculos com duas inserções são chamados bicaudados, enquanto aqueles com três ou mais inserções são policaudados. Exemplo inclui o m. extensor longo dos dedos do pé, assim como os músculos flexores e extensores dos dedos da mão.

Quanto ao Ventre Muscular

Alguns músculos possuem mais de um ventre muscular, com tendões intermediários entre eles. Músculos com dois ventres são denominados digástricos, como o m. digástrico. Já aqueles com um número maior de ventres, como o m. reto do abdome, são chamados poligástricos. Essa classificação é relevante para compreender a complexidade da morfologia muscular e suas variações funcionais.

Mostrando inserção e ventre muscular
Fonte: Google Imagens

Estruturas acessórias do Sistema Muscular

Além dos músculos, o sistema muscular é complementado por estruturas acessórias essenciais. As fáscias desempenham um papel crucial, envolvendo individualmente cada músculo ou grupos de músculos, proporcionando suporte e mantendo-os em posição durante a contração. 

Elas também servem como pontos de origem ou inserção para os músculos, formam retináculos e fitas especializadas para os tendões, além de servirem como vias de passagem para vasos sanguíneos e nervos, permitindo o deslizamento suave de estruturas adjacentes.

As bainhas fibrosas, constituídas de tecido conectivo denso, revestem-se internamente por bainhas sinoviais. Estas estão inseridas nos ossos, criando canais osteofibrosos nos quais os tendões deslizam ou são mantidos em posição adequada. Um exemplo é observado nos tendões dos músculos flexores dos dedos. 

Cada bainha sinovial forma dois cilindros concêntricos, proporcionando um ambiente sinovial entre eles. O cilindro interno abriga o tendão, envolto pelo peritendão. A continuidade entre as camadas da sinovial, na reflexão do cilindro interno para o externo, é assegurada pela estrutura chamada mesotendão. Essa região é crucial em cirurgias envolvendo tendões, pois a preservação do mesotendão evita a formação de aderências fibróticas que poderiam dificultar os movimentos. 

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Referências

DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. – Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3ª ed., Rio de Janeiro, Editora Atheneu, 2005. 

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