Atelectasia: o que é, tipos e muito mais!

Atelectasia: o que é, tipos e muito mais!

Quer descobrir tudo sobre atelectasia? O Estratégia MED separou para você os tópicos mais importantes. Vamos lá!

O que é atelectasia?

Atelectasia é um quadro de colapso alveolar. O fechamento dessas estruturas respiratórias pode fazer com que uma parte do pulmão, ou até mesmo todo esse órgão, não realize a correta ventilação. Isso pode prejudicar seriamente outras funções corporais, já que pode limitar a eficiência das trocas gasosas.

O pulmão é formado por alvéolos, pequenos sacos responsáveis por abrigar o ar inalado, rico em oxigênio. A grande função dos pulmões, e de todo o sistema respiratório, é proporcionar uma oxigenação correta aos tecidos do corpo. Para que isso aconteça, precisa haver uma troca gasosa capaz de eliminar CO2 e absorver O2. 

A troca acontece entre os alvéolos pulmonares e os vasos sanguíneos que chegam até eles, os capilares alveolares. Esses vasos chegam com sangue pobre em oxigênio e o recebem dos alvéolos, de forma que podem distribuir o O2, posteriormente, a todo o corpo. Para essa função, o alvéolo precisa estar cheio de ar rico em oxigênio.

Durante um quadro de Atelectasia, os alvéolos colapsam e colabam, ou seja, fecham-se e murcham. Dessa forma, sem ar oxigenado, os capilares alveolares não recebem o oxigênio que precisam e não conseguem realizar uma correta troca gasosa. Isso faz com que parte do pulmão ou o todo ele fique sem ar, e o corpo com menos oxigênio.

O que causa a atelectasia?

A diminuição da chegada de ar nos alvéolos pode causar atelectasia. Situações em que os alvéolos se fecham também podem provocar esse quadro. Para os alvéolos se manterem abertos, precisam receber ar e ter uma quantidade correta de líquido surfactante, substância responsável por diminuir a tensão superficial e permitir a abertura alveolar.

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Dessa forma, qualquer obstrução das vias aéreas superiores – por tumores, por exemplo – ou a obstrução de brônquios e bronquíolos por muco pode causar Atelectasia. Uma produção ineficiente, seja em quantidade ou composição, de líquido surfactante pelas células pulmonares também pode ser uma das causas do quadro.

Quais os tipos?

Vários quadros e situações diferentes causam diversos tipos de atelectasia. Os principais tipos são: Atelectasia obstrutiva e Atelectasia não-obstrutiva. 

Atelectasia Obstrutiva

Acontece quando alguma substância ou corpo  estranho impede a passagem do ar para os pulmões ou para um segmento deles. Essa obstrução faz com que um conjunto de alvéolos tenha seu suprimento ventilatório diminuído e, consequentemente, entrem em colapso, colabando.

Tal obstrução pode ser causada por um corpo estranho inalado. Alguns tumores também podem crescer e acabar por obstruir o fluxo correto de ar pela traquéia e brônquios, de forma a desencadear atelectasia obstrutiva.

O acúmulo exagerado de muco também bloqueia a ventilação. É um quadro comum em pacientes acamados, com dificuldade de expectorar e de tossir (movimento natural para eliminação do muco), assim como em pacientes acamados no pós-operatório e em portadores de Fibrose Cística.

Atelectasia não-obstrutiva

A atelectasia do tipo não-obstrutivo pode ser subdividida com base em em sua origem. As principais são:

  • Atelectasia Compressiva: quando o pulmão perde a capacidade de se expandir, por limitação espacial dentro do tórax. Normalmente associada a derrame pleural, mas também pode ser causada por espessamento da pleura, pneumotórax ou por tumores. Nessa atelectasia, os pulmões e alvéolos ficam comprimidos e não recebem uma correta quantidade de ar;
  • Atelectasia Cicatricial: nessa situação, os alvéolos não recebem um suprimento adequado de oxigênio pelo excesso de tecido cicatricial nos pulmões. Esse acúmulo inadequado de tecido de cicatrização limita uma expansão eficiente do pulmão, que normalmente seria um pouco mais elástico;
  • Alteração do líquido surfactante: é o tipo mais clássico de atelectasia não obstrutiva. Nessa situação, o ar é impedido de entrar nos alvéolos por conta da tensão superficial, que é muito alta quando há falta de surfactante. É um quadro frequente em bebês prematuros, que ainda não produzem surfactante por um déficit no desenvolvimento pulmonar; e
  • Relacionada à anestesia: Atelectasia é um quadro frequente no contexto da cirurgia, tanto no intra-operatório (de 50% a 90% dos pacientes) quanto no pós-operatório. De forma geral, é um quadro curto e temporário, mas que carece da atenção do anestesista para monitoramento das funções respiratórias, ventilatórias e das concentrações de oxigênio no sangue.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas da atelectasia estão relacionados com o colapso dos alvéolos ou de parte do pulmão. Falta de ar – que pode causar cianose -, respiração superficial, taquipnéia, tosse constante e queixa de dificuldade para respirar são os principais sintomas da atelectasia. Todos eles variam conforme o grau do quadro e o tipo de atelectasia.

Qual a diferença entre atelectasia e derrame pleural?

Esses quadros são diferentes, mas podem estar relacionados. Derrame pleural é o acúmulo indevido de líquido entre as pleuras, que são duas membranas que revestem o pulmão e têm importante função na proteção dos pulmões, além de ajudar na correta expansão pulmonar.

Em um quadro de derrame pleural, os pulmões acabam ficando comprimidos e impossibilitados de ventilarem corretamente. Dessa forma, o acúmulo de líquidos pode limitar o enchimento alveolar, possibilitando a ocorrência do quadro de atelectasia. Nesse caso, o quadro seria de uma atelectasia não-obstrutiva do tipo compressiva, causada por um derrame pleural.

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