Como vai, futuro Residente? Ultimamente os casos de dengue no Brasil tem subido e um novo genótipo do vírus foi detectado. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um breve resumo sobre a dengue, para relembrar e fixar seus conhecimentos, e te atualizar sobre a atual situação do país. Boa leitura!
Navegue pelo conteúdo
O que é a dengue?
A dengue é uma arbovirose causada pelo mosquito Aedes Aegypti, um mosquito de hábitos diurnos. A doença pode ser causada por 5 sorotipos diferentes do vírus, pertencente à família Flavivírus (DENV-1 a DENV-5). Além de ser a arbovirose de maior prevalência do Brasil, em que 75% dos seus casos são assintomáticos.
Quais são seus sintomas?
Cerca de 75% dos seus casos são assintomáticos, e os 25% sintomáticos apresentam sintomas em 3 fases:
- Fase febril: duração de 2 a 7 dias, com sintomas associados à resposta inflamatória sistêmica à viremia, como febre de início súbito e elevada, prostração, cefaléia retro-orbitária, mialgia, artralgia e exantema.
- Fase crítica: após a fase febril, o paciente pode evoluir para melhora ou para a fase crítica, caracterizada por disfunção endotelial com aumento da permeabilidade vascular, que pode causar choque ou hipovolemia. Pode haver também hemorragias associadas.
- Fase de recuperação: surge cerca de 24 a 48 horas após a fase crítica, com reabsorção do plasma extravasado e melhora gradual do quadro clínico do paciente.
Por que os casos de dengue aumentaram recentemente no Brasil?
Desde o começo de 2022, os casos de dengue praticamente dobraram em relação ao mesmo período de 2021. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em que foram registrados quase 400 mil casos suspeitos de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao ano anterior. Atualmente, a região mais afetada é a centro-oeste, com 648 casos a cada 100 mil habitantes, sendo Goiás o estado com maior número de casos da doença.
Segundo a vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, o aumento dos casos pode ser devido à doença ser sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor, e além disso, a vice-presidente acredita que o medo da Covid-19 causou medo na população de buscar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que ambas as doenças possuem sintomas semelhantes.
Existe um novo genótipo do vírus?
Pesquisadores da Fiocruz e Lacen-GO detectaram um novo genótipo do vírus da dengue, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 da dengue, que já havia sido detectada em outros continentes e agora disseminada no mundo, mas até então não encontrada no Brasil.
Porém, em novembro do ano passado, foi detectado esse novo genótipo em Goiás, mas apesar de ser de proliferação global, não há relação entre a nova variante e o aumento de casos de dengue.
Como é feito o diagnóstico e tratamento da dengue?
O diagnóstico da dengue deve ser feito laboratorialmente pela detecção do vírus ou de anticorpos, por pesquisa de antígeno NS1 ou RT-PCR até o 5° dia de sintomas. A partir do 6° dia, deve ser realizado um exame sorológico para detecção de anticorpos.
Por se tratar de um vírus, o tratamento é baseado em hidratação, paracetamol ou dipirona e repouso, de acordo com o grau de gravidade e classificação da doença. É contraindicado o uso de anti-inflamatórios não esteróides e homeopatia em pacientes com dengue, pois podem acentuar ou desencadear sangramentos.
Como me prevenir da dengue?
A melhor forma de se proteger da dengue é contendo a proliferação do agente transmissor, o mosquito Aedes aegypti, eliminando seus criadouros, acabando com possíveis reservatórios de água parada, como vasos de planta, pneus velhos, calhas, caixas d’água, piscinas abandonadas, latas e garrafas vazias, entre outros.
Além de medidas individuais, como o uso de repelentes, uso de calças e casacos sempre que possível e colocação de telas nas janelas. Existe uma vacina, que utiliza um vírus atenuado da febre-amarela modificado para produzir proteínas dos 4 vírus da dengue, mas não é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Existem outras doenças causadas pelo mesmo agente transmissor?
Sim. O Aedes aegypti, além de transmitir a dengue, outras arboviroses como a zika e chikungunya.
A principal preocupação em relação à saúde pública sobre o Zika Vírus é o risco de malformações fetais quando acomete mulheres grávidas, como microcefalia. Por isso existem campanhas de vacinação contra o vírus da zika, fornecidas pelo SUS. A chikungunya causa manifestações graves e muitas vezes prolongadas de doenças articulares.
O diagnóstico e tratamento dessas outras arboviroses são semelhantes aos da dengue, com poucas variações de prazos para exames de diagnóstico e alguns medicamentos.
Gostou do conteúdo? Esse foi um pequeno resumo sobre dengue, importante para seu conhecimento não só pelas provas de Residência Médica, mas principalmente pela sua prática clínica!
Não se esqueça de fazer parte do time Estratégia MED acessando a nossa plataforma! Lá você encontra tudo o que precisa sobre diversos temas para as provas de Residência Médica, com acesso às videoaulas, resumos, materiais, simulados, bancos de questões e muito mais exclusivamente para você, futuro Residente! Não deixe de conferir!
Não se esqueça de compartilhar com um amigo futuro residente também. Afinal, quem estuda junto, passa junto!
Você também pode se interessar por:
- ResuMED de arboviroses: dengue, chikungunya e zika!;
- Novo genótipo do vírus da dengue é detectado no Brasil;
- Evento EMED: Jornada Revalida INEP 2022;
- Residência Médica em Infectologia: rotina, salário e mais!;
- ResuMED de cefaleias infantis: primária, abordagem, tratamento e muito mais!;
- Sociedade Brasileira de Infectologia.
