Fala, futuro Residente! Você sabia que a anatomia e embriologia do sistema reprodutor feminino são temas um importante tema nas provas de Residência Médica, principalmente em Ginecologia? Por isso, nós do Estratégia MED preparamos para você tudo o que precisa saber sobre os dois temas de maneira simplificada em apenas um resumo! Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!
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Anatomia do sistema reprodutor feminino
Os órgãos do sistema reprodutor feminino estão localizados na pelve, uma cavidade osteomuscular e fascial, limitada por ossos, ligamentos e músculos.
A genitália pode ser dividida em interna, correspondente ao útero, tubas uterinas, ovários e vagina, e externa, correspondente à vulva. Veja mais sobre cada órgão a seguir.
Ovários
Órgãos pares, de caráter ovóide, responsáveis pela produção de gametas e hormônios sexuais. São considerados órgãos intraperitoneais, com o peritônio adjacente chamado de mesovário.
Embriologicamente são formados por três folhetos: ectoderma, endoderma e mesoderma, explicando sua funcionalidade, anatomicamente são conectados ao útero pelo ligamento próprio do útero, e a parede pélvica pelo ligamento infundíbulo pélvico.
São considerados órgãos intraperitoneais, com o peritônio adjacente chamado de mesovário. Veja sua vascularização a seguir:
- Irrigação: artérias ovarianas e ramo ovariano das artérias uterinas.
- Drenagem: veias ovarianas.
Tubas uterinas
Órgãos tubulares e ocos, localizados na borda superior do ligamento largo, com a função de transporte dos óvulos liberados pelos ovários para o útero. São divididas em 4 partes: intramural, istmo, ampola e infundíbulo (o qual apresenta fímbrias que captam os óvulos).
Útero
O útero pode sofrer diversas alterações ao longo da vida reprodutiva da mulher, desde a menstruação até a menopausa, pode ser dividido entre colo, istmo, corpo e fundo.
Sua vascularização é muito cobrada em provas, sua irrigação realizada pelas artérias uterinas e seus ramos, e artéria ovariana, cada ramo responsável pela irrigação de uma parte do órgão. Consulte o material completo do Estratégia MED para saber mais sobre.
Uma complicação cirúrgica muito cobrada nas provas de Residência de Ginecologia é a fístula urogenital, uma comunicação anômala entre epitélios de 2 órgãos diferentes, nesse caso entre os tratos genital e urinário.
Geralmente, são causadas por histerectomias abdominais ou radioterapia prévia e traumas e seu quadro clínico varia de acordo com sua etiologia, localização e tamanho da fístula.
As fístulas mais abordadas em prova são a vesicovaginal e a uterovaginal. A vesicovaginal corresponde a 75% dos casos, ela é causada por lesão vascular no momento de dissecção da bexiga, comprometendo a micção da paciente, mas com perda urinária involuntária. Já a uterovaginal possui baixa incidência, é causada por secção, ligadura ou isquemia de ureter, sem comprometer a micção, mas com perda involuntária de urina.
Vascularização da pelve
A vascularização da pelve pode ser cobrada em provas, portanto, atente-se!
A principal artéria envolvida na sua irrigação é a artéria ilíaca interna, ramo da artéria ilíaca comum, ela dá origem ao ramo posterior e ramo anterior. Na plataforma do Estratégia MED você encontra materiais completos, com imagens e esquemas, perfeitos para te ajudar a entender tudo o que precisa sobre o tema para as provas! Não deixe de consultar.
Embriologia do sistema reprodutor feminino
Agora que você entende um pouco da anatomia do sistema reprodutor feminino, vamos entender sobre como ele é formado embriologicamente.
De maneira geral, o sexo feminino é determinado pelo cariótipo XX, é no momento da fertilização que vai ser determinado o desenvolvimento das gônadas femininas, os ovários. Consequentemente, por ação das gônadas, associadas a ação de genes específicos, ocorre a diferenciação dos ductos genitais e da genitália externa, com a regressão dos ductos de Wolff e desenvolvimento dos ductos de Muller.
Toda diferenciação sexual ocorre, no sexo feminino, pela ausência de estimulação hormonal (testosterona e hormônio antimulleriano).
Genitáliafeminina interna
O desenvolvimento gonadal ocorre a partir da 7° semana de gestação, pela ausência de ação do gene SRY do cromossomo Y, em que os ovários sofrem o processo de descida até a pelve até a 12° semana.
Os ductos genitais embrionários estão presentes em ambos os sexos, no caso do feminino, são os ductos de Muller, que se desenvolvem pela ausência do hormônio antimulleriano. Sua porção cranial dá origem às tubas uterinas e a porção caudal se funde à linha média, dando origem ao útero e ao terço superior da vagina. Por volta da 20° semana de gestação, o septo formado pela fusão dos ductos no polo superior do útero é reabsorvido, formando a cavidade uterina propriamente dita.
Durante esse processo, podem ocorrer algumas falhas, denominando as malformações uterinas ou mullerianas, definidas por anormalidades causadas por defeitos na fusão embriológica ou falha na recanalização dos ductos de Muller. As mais comuns são:
- Agenesia: presença de cornos rudimentares ou nenhuma estrutura uterina;
- Defeitos de fusão lateral: são as mais comuns, resultantes da falha na formação do ducto, na fusão deles ou na reabsorção do septo entre eles. Podem ser:
- Útero septado parcial ou incompleto;
- Útero arqueado;
- Útero unicorno;
- Útero bicorno; e
- Útero didelfo.
- Defeitos de fusão lateral: resultantes de falha na fusão distal dos ductos mullerianos, com o seio urogenital ou defeitos na recanalização vaginal, formando septos vaginais.
Podem estar presentes também estruturas vestigiais na vida extrauterina na forma de túbulos dos ductos de Wolff, presentes normalmente no sexo masculino.
Genitália feminina externa
Por fim, a genitália externa começa a se diferenciar sob influência do estímulo hormonal de acordo com o sexo, no caso do feminino, pela ausência deles.
Em torno da 5° semana de gestação, com a formação de um tubérculo genital que dará origem ao clítoris no sexo feminino, e o seio genital que origina a uretra, a porção inferior do canal vaginal a porção cefálica da bexiga, às glândulas de Bartholin e às glândulas uretrais e parauretrais de Skene. As pregas urogenitais que não se fundem formam os pequenos lábios e as eminências labiais os grandes lábios.
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