Neurofisiologia Clínica: o que é, atuação, residência médica e mais
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Neurofisiologia Clínica: o que é, atuação, residência médica e mais

Se você está interessado em entender mais sobre a Neurofisiologia Clínica, este texto é para você! Vamos explorar as áreas de atuação da especialidade e como os neurofisiologistas clínicos podem atuar na saúde neurológica, desde exames cruciais como eletroencefalograma e polissonografia até a monitorização em cirurgias complexas. Descubra mais sobre a especialidade neste texto!

O que é Neurofisiologia Clínica

A Neurofisiologia Clínica é uma área médica que se dedica ao estudo e à análise das funções do sistema nervoso central e periférico, por meio de técnicas e exames específicos. A especialidade é fundamental para diagnosticar e acompanhar doenças neurológicas e neuromusculares, como epilepsias, distúrbios do sono, doenças neuromusculares, entre outras. 

Os profissionais que atuam nessa área, os neurofisiologistas clínicos, realizam exames como eletroencefalografia (EEG), polissonografia, eletroneuromiografia, potenciais evocados e monitorização neurofisiológica intraoperatória. Através desses métodos, é possível avaliar a atividade elétrica do cérebro, nervos e músculos, permitindo uma correlação clínica precisa para diagnósticos e intervenções terapêuticas.

No Brasil, quem representa a especialidade é a Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.

Áreas de atuação para o profissional

Os neurofisiologistas clínicos têm um campo de atuação extremamente diversificado, permitindo com que trabalhem em uma variedade de ambientes clínicos e hospitalares, promovendo a avaliação e o tratamento de diferentes condições neurológicas fazendo-se valer de diferentes técnicas. 

Uma das principais formas de atuação é com a eletroencefalografia (EEG), um exame que monitora a atividade elétrica do cérebro. Esse procedimento é essencial no diagnóstico e no acompanhamento de várias doenças neurológicas, como epilepsias, tumores cerebrais e distúrbios vasculares, entre outras condições que afetam o sistema nervoso central.

Outra área de atuação importante é com a polissonografia, um exame voltado para a avaliação dos distúrbios do sono. Esse método é fundamental para identificar e diagnosticar problemas como apneia do sono, insônia e outros transtornos que afetam a qualidade do sono, permitindo a elaboração de tratamentos adequados para essas condições.

A eletroneuromiografia (ENMG) é outra técnica relevante na prática da Neurofisiologia Clínica. Ela avalia a função dos músculos e nervos, sendo crucial no diagnóstico de doenças neuromusculares, como miopatias, neuropatias e condições que afetam a junção neuromuscular. Esse exame permite ao médico compreender melhor a extensão e a natureza dos danos neuromusculares, orientando o tratamento mais eficaz para o paciente.

Além dessas áreas, os neurofisiologistas clínicos atuam na realização de potenciais evocados, um método que mede as respostas do sistema nervoso a diferentes estímulos sensoriais. Essa técnica é particularmente útil para diagnosticar lesões e disfunções nas vias sensoriais, como nas vias visuais, auditivas e somatossensitivas, oferecendo informações valiosas sobre o estado funcional do sistema nervoso.

Outra técnica comum no dia a dia do profissional é a monitorização neurofisiológica intraoperatória (MNIO), que permite o acompanhamento em tempo real das funções neurológicas durante procedimentos cirúrgicos. Essa monitorização é crucial para prevenir danos ao sistema nervoso durante cirurgias que envolvem estruturas delicadas, como o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. Ao garantir a integridade dessas funções, a MNIO contribui para a segurança do paciente e para o sucesso do procedimento cirúrgico.

Além dessas atividades, os neurofisiologistas clínicos também podem se envolver em pesquisas científicas, em que têm a oportunidade de desenvolver novos métodos diagnósticos e terapêuticos. A atuação em pesquisa não só amplia o conhecimento sobre as diversas condições neurológicas, como também contribui para o avanço da área.

Residência Médica em Neurofisiologia Clínica

A residência médica em Neurofisiologia Clínica no Brasil destina-se a médicos que já tenham concluído programas de residência em Medicina Física e Reabilitação, Neurologia ou Neurocirurgia. A formação na Área de Atuação em Neurofisiologia Clínica dura dois anos e é estruturada para desenvolver competências específicas que habilitam o profissional a realizar, interpretar e correlacionar clinicamente diversos exames neurofisiológicos.

No primeiro ano de residência, o foco está em dominar o conhecimento básico de Neurofisiologia, técnicas de exames como EEG, ENMG e potenciais evocados, além de compreender a confecção de laudos e a importância da ética médica nesta área. 

Já no segundo ano, o residente aprofunda seus conhecimentos em polissonografia, monitorização neurofisiológica intraoperatória, e técnicas mais complexas de Neurofisiologia em ambientes hospitalares. A formação também inclui a produção de trabalhos científicos, com incentivo à pesquisa e à apresentação de resultados em congressos e publicações.

Confira a matriz de competência do programa de Residência Médica em Neurofisiologia Clínica no Brasil:

Ainda, após cumprir a carga horária da residência médica – padrão-ouro – ou do curso de especialização em Neurofisiologia Clínica, o profissional deve realizar o Exame para Obtenção do Certificado de Área de Atuação em Neurofisiologia Clínica, sob responsabilidade da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.

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