Residência Médica em Oncologia: rotina, remuneração e mais!

Você quer saber tudo sobre a especialidade que trata o câncer e dos diversos tipos de tumor? Saiba o que é oncologia, o que trata um oncologista, sua residência, quanto é o salário na área e muito mais com o Estratégia MED!

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O que é oncologia?

Também conhecida como cancerologia, essa especialidade tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da pessoa acometida por um tumor ou câncer. Essa área dá ênfase no cuidado do paciente oncológico, utilizando uma medicina especializada, como quimioterapia e radioterapia.

O médico oncologista tenta evitar os sentimentos de frustração do paciente com câncer e decide qual o tratamento adequado, ele é o profissional de maior contato e acompanhamento do doente. Devido a essa, existe até o Dia do Oncologista, comemorado no dia 9 de julho.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2020 houve mais de 620 mil casos e 230 mil óbitos por câncer. Por isso, a função da oncologia é essencial, ela mostra a forma que o câncer se desenvolve no organismo e sua abordagem geral de tratamento.

Oncologia Pediátrica

É importante enfatizar, que a oncologia com crianças possui um tratamento diferenciado da com os adultos pela diferença nos aspectos biológicos e orgânicos. A leucemia aguda, linfomas e tumores do sistema nervoso central são algumas das doenças que mais os acometem.

Os tumores nas crianças crescem mais rápido, porém, podem ser diagnosticados precocemente, com uma grande chance de cura.

História da Oncologia no Brasil

De acordo com relatos de Mário Kroeff, que foi médico na Primeira Guerra Mundial, houve, em 1921, a primeira movimentação sobre o câncer, de alcance social, em São Paulo. No mesmo ano, em Belo Horizonte, foi criado o Instituto de Radium para os portadores de neoplasias.

Em 1975, o Ministério da Saúde, junto ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), criaram o Programa de Controle ao Câncer (PCC) e universalizou os procedimentos da doença. Visando ações de controle ao câncer, foram realizadas comissões de Oncologia em todo o país.

Em 2000, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) se tornou referência para prestação de serviços de oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir disso foram criados vários hospitais do câncer. Conforme os dados do INCA, observa-se que, nesse período, foram feitos muitos avanços tecno-científicos e importantes conquistas na Oncologia.

Quais as doenças tratadas pelo oncologista?

A oncologia é um campo da medicina que trabalha com tumores e com o câncer, também chamado de neoplasia. Câncer é o nome dado para um grupo de mais de 200 doenças, que apresentam o crescimento exacerbado das células nos tecidos e órgãos. O primeiro registro conhecido de um tumor é de um papiro egípcio, de 2600 anos a.C.

O Instituto Nacional do Câncer mostra que, em 2020, o câncer de próstata foi o mais comum entre os homens, com mais de 65 mil casos, e o câncer de mama entre as mulheres, com mais de 66 mil casos.

Tipos de tratamento

Quimioterapia: destrói as células que formam o tumor. Os medicamentos podem ser aplicados via oral, subcutânea, intramuscular, intratecal e intravenoso – principal método;
Radioterapia: destrói as células do tumor e mantém as que estão boas. São utilizadas radiações, como o raio X. Esse procedimento pode ser usado com ou sem a quimioterapia e cirurgia oncológica;
Hormonioterapia: interfere na produção de hormônios que alimentam as células cancerosas. Pode ocorrer por meio de comprimidos ou injeções subcutâneas e seu tratamento é mais comum para câncer de mama, próstata e endométrio;
Imunoterapia: um pouco mais raro, ele combate as células cancerígenas pelo sistema imunológico, que é alterado através de proteínas sintetizadas. Pode ser utilizado no tratamento do câncer de rim e melanoma; e
Transplantes: ubstituição da medula óssea deficitária que afeta as células do sangue por células normais de medula. Pode ser feito com a leucemia e linfoma.

Outros profissionais que participam dos tratamentos

O aparecimento de efeitos colaterais e outras doenças durante o tratamento do câncer é comum, por isso, uma equipe multidisciplinar é importante para ajudar o médico oncologista, que fica presente em todo o processo.

Exemplos de profissionais que atuam nessa equipe:

Oncologista cirurgião: remove o tumor pela cirurgia. Trata melanomas, sarcomas e linfadenectomias;
Radiologista: realiza o diagnóstico por imagens;
Patologista: diferencia a doença benigna da maligna e identifica outras doenças infecciosas e realiza o diagnóstico;
Anestesista: alivia a dor do paciente com drogas anestésicas;
Fisioterapia oncológica: preserva a integridade dos órgãos, sistemas e funções pós-cirurgia, e alivia os sintomas de tratamentos agressivos;
Enfermagem oncológica: faz o cuidado preventivo, curativo e controle dos sintomas; e
Psico-oncologia: cuida do emocional do paciente.

Desafios de um oncologista

Dentre os desafios desse especialista, além de precisar de um bom emocional para lidar com a profissão, está a falta de inclusão de tecnologia, para a oferta de tratamentos para os pacientes, e a deficiência na saúde pública do Brasil.

Durante a pandemia do COVID-19 a situação piorou, uma vez que os hospitais estão lotados, fazendo com que o diagnóstico e prevenção ao câncer sofresse um abalo. Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e a de Cirurgia Oncológica (SBCO), entre março e maio de 2020, mais de 50 mil diagnósticos não foram feitos no país.

Oncologia e Síndrome de Burnout

A saúde mental do médico oncologista é imprescindível pelo número de mortes por câncer ser muito alto. Outro fator, é a responsabilidade do o profissional de muitas vezes ter que dar notícias ruins diariamente.

Organizar o tempo com qualidade e cuidar do emocional é um ponto importante para que o médico oncologista não desenvolva a Síndrome de Burnout.

Essa síndrome é um estado de estresse crônico e exaustão emocional, por conta das dificuldades da profissão, o oncologista se torna mais suscetível a desenvolver a Síndrome de Burnout. Segundo a pesquisa de 2021 do Medscape National Physician Burnout and Suicide Report, 33% dos oncologistas dos Estados Unidos falaram sofrer com a síndrome.

Vale lembrar que o trabalho de toda a equipe multidisciplinar é muito importante, além da participação do paciente, que pode estar angustiado e desesperançoso.

A Sociedade brasileira de oncologia clínica

Fundada em 1981, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) representa os médicos oncologistas clínicos e atua em frentes, como incentivo à formação e à pesquisa, e políticas de saúde. Essa instituição procura contribuir para o fortalecimento da Oncologia, não só no Brasil, mas também no mundo.

Em sua plataforma pode ser encontrado o programa de residência médica em Oncologia, informações ao paciente, especial do Coronavírus (Oncovid-19) e muito mais sobre a especialidade.

Especialistas no Brasil

De acordo com a Demografia Médica de 2020 feita pela USP, há, no Brasil, 4.061 médicos especializados em Oncologia.

A idade média dos oncologistas é de 44,8 anos. Os homens são a maioria, com 55,3%, enquanto as mulheres representam 44,7% de profissionais na área.

Confira a distribuição dos oncologistas entre as regiões do Brasil.

Regiões	Distribuição
Norte	4,40%
Nordeste	18,40%
Sudeste	46,50%
Sul	21,20%
Centro-Oeste	9,50%

Quanto ganha e qual a carga horária de um oncologista?

Segundo dados de abril de 2021 da plataforma Salário, a média salarial de um Oncologista é de 6.750,18 e 22 horas é a sua média de trabalho semanal. Além do custo por sessão de quimioterapia corresponder a mais de mil reais e de radioterapia poder chegar a mais de 10 mil.

Vale lembrar, que esse valor muda de acordo com as regiões do país, nível de especialização do médico e do quanto o lugar necessita do profissional.