Diabetes Mellitus: o que é, tipos e muito mais!

Diabetes Mellitus: o que é, tipos e muito mais!

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O que é Diabetes Mellitus?

É uma doença metabólica que leva a uma hiperglicemia causada por dois fatores: a resistência à ação da insulina nos tecidos e o déficit de produção de insulina pelo pâncreas

Quais as causas da Diabetes Mellitus?

As causas dessa doença são multifatoriais, ou seja, existem tanto influências ambientais relacionadas à doença, quanto genéticas, que variam conforme o tipo da diabetes mellitus que está sendo analisada. 

Quais os tipos?

Existe uma diversidade de tipos de Diabetes Mellitus, entretanto aqui abordaremos as duas principais e mais prevalentes na população, que são, a tipo 1 e a tipo 2.

Tipo 1

A diabetes mellitus tipo 1 é responsável por aproximadamente 5 a 10% dos casos de diabetes mellitus em todo o mundo. Sua principal causa é a autoimunidade, apesar de também haver a forma idiopática, que é mais rara. Normalmente se manifesta em pessoas mais jovens, de maneira que o diagnóstico é feito, na maioria dos casos, na infância ou na adolescência.

Na forma mais comum, o indivíduo acometido produz anticorpos contra as células beta presentes nas ilhotas pancreáticas, que são responsáveis pela produção e secreção de insulina.  

Há um importante componente genético, pois pessoas com histórico familiar de doença autoimune têm mais risco de desenvolverem diabetes mellitus tipo 1. Já existem 40 loci gênicos que predispõem ao desenvolvimento da doença. 

Entretanto, é necessária a associação de fatores ambientais para que a doença se manifeste clinicamente. Alguns fatores já relacionados à diabetes mellitus tipo 1 são a  ocorrência de algumas infecções virais e a suspensão precoce do aleitamento materno.

Tipo 2

A diabetes mellitus tipo 2 é uma das doenças crônicas mais prevalentes na atualidade e sua ocorrência tem aumentado de forma considerável, devido ao aumento da obesidade e do sedentarismo na população. Geralmente, aparece em pessoas mais velhas, a partir dos 40 anos, entretanto pode ocorrer em qualquer fase da vida.

Ela surge devido à uma resistência periférica à ação da insulina, que ocorre de forma fisiológica em algumas fases da vida, como a gestação. No entanto, pode se manifestar de forma patológica especialmente em pessoas obesas, visto que os adipócitos secretam citocinas que aumentam a resistência insulínica nos músculos e no fígado. 

Com o tempo, a pessoa com diabetes mellitus tipo 2 começa a perder produção de insulina, devido à apoptose de células beta, que ocorre por causa de diversos fatores como: glicotoxicidade, estresse oxidativo, glicosilação de proteínas, entre outros.

Sintomas

Os sintomas clássicos da diabetes mellitus descompensada são:

  1. polidipsia: ingestão elevada de água;
  2. poliúria: aumento de volume miccional;
  3. polifagia: ingestão elevada de alimentos. 

Esses sintomas conhecidos como polis podem se associar a outros, como perda de peso involuntária. Em casos mais graves, pode levar à cetoacidose diabética e ao estado hiperosmolar hiperglicêmico

Além disso, se não for controlada, a diabetes mellitus pode levar a lesões de órgãos-alvo, como retinopatia diabética, insuficiência renal, doenças cardiovasculares, entre outras. 

Tratamento da Diabetes Mellitus

Em ambos os tipos, uma dieta balanceada, com moderação de carboidratos – em especial os simples, como farinhas refinadas e açúcar – rica em fibras, proteínas, gorduras de boa qualidade e pobre em alimentos processados e ultraprocessados, é fundamental para um bom controle glicêmico.

Além disso, é importante que esses pacientes façam atividades físicas com regularidade, em especial os exercícios resistidos, pois reduzem a glicemia e melhoram a sensibilidade dos tecidos à ação da insulina. 

Na diabetes mellitus tipo 1, o principal fármaco utilizado é a insulina, pois devido ao déficit de produção, sua reposição é fundamental para o bom funcionamento do organismo. 

Na diabetes mellitus tipo 2, no início é possível o uso de medicações que aumentam a sensibilidade à insulina, como as biguanidas e glitazonas e as que aumentam a secreção de insulina, como sulfonilureias e glinidas. Entretanto, com o avanço da doença, é provável que o uso de insulina seja necessário. 

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