E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre o Leucograma, um exame básico que auxilia na avaliação de várias condições.
O Estratégia MED vai apresentar um conceito essencial que vai ampliar seu conhecimento e impulsionar seu crescimento profissional. Vamos lá!
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Definição de Leucograma
O leucograma é um exame laboratorial específico que faz parte do hemograma completo, focado na avaliação dos leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos. Esses leucócitos são células cruciais do sistema imunológico, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções, doenças e outras ameaças.
Através do leucograma, é possível quantificar e qualificar os diferentes tipos de leucócitos presentes no sangue, permitindo uma análise detalhada do estado imunológico do paciente.
O exame fornece contagens específicas de vários tipos de leucócitos, incluindo neutrófilos, bastões ou neutrófilos segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Alterações nos valores de leucócitos detectadas pelo leucograma podem indicar uma variedade de condições de saúde.
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Utilidade do Leucograma
O leucograma é uma ferramenta essencial na prática médica, proporcionando uma análise detalhada dos leucócitos, ou glóbulos brancos, no sangue. Este exame é crucial para avaliar a saúde do sistema imunológico do paciente, detectando anomalias na contagem e na morfologia dos leucócitos.
Uma das principais utilidades do leucograma é no diagnóstico e monitoramento de infecções. Por exemplo, um aumento no número de neutrófilos pode indicar uma infecção bacteriana, enquanto um aumento nos linfócitos pode sugerir uma infecção viral. Além disso, alterações nos eosinófilos podem apontar para infecções parasitárias ou reações alérgicas.
O leucograma também é fundamental no acompanhamento de doenças crônicas e no monitoramento de pacientes submetidos a tratamentos que afetam o sistema imunológico, como a quimioterapia.
Além de seu papel no diagnóstico e no monitoramento de infecções e doenças hematológicas, o leucograma é útil na detecção de reações alérgicas e condições autoimunes. Alterações específicas, como um aumento nos basófilos, podem indicar uma resposta alérgica, enquanto um aumento nos linfócitos pode sugerir uma doença autoimune.
Leucocitose X Leucopenia
Leucocitose e leucopenia são condições médicas que envolvem anomalias na contagem de leucócitos no sangue, cada uma indicando diferentes problemas de saúde que necessitam de investigação e tratamento adequados.
Leucocitose é a condição caracterizada por uma contagem elevada de leucócitos no sangue. Esta elevação pode ocorrer devido a diversas causas, sendo mais comumente associada a infecções.
Durante uma infecção, especialmente bacteriana, o corpo produz mais leucócitos para combater os patógenos invasores, resultando em um aumento detectável através do leucograma. Além de infecções, a leucocitose também pode ser observada em condições inflamatórias, reações alérgicas, estresse físico ou emocional, e uso de certos medicamentos, como corticosteroides.
Em alguns casos, a leucocitose pode ser um indicador de doenças mais graves, como certos tipos de câncer, incluindo leucemias, onde há uma produção descontrolada de leucócitos.
Leucopenia refere-se a uma contagem diminuída de leucócitos no sangue, o que pode comprometer a capacidade do corpo de combater infecções. A leucopenia pode ser observada em várias condições, incluindo infecções virais severas, onde os leucócitos são rapidamente utilizados ou destruídos.
Distúrbios da medula óssea, como aplasia medular ou leucemia, podem reduzir a produção de leucócitos. A esplenomegalia (aumento do baço) pode sequestrar leucócitos, diminuindo sua contagem circulante. Doenças autoimunes, onde o corpo ataca seus próprios leucócitos, e tratamentos como quimioterapia e radioterapia, que danificam a medula óssea, também podem causar leucopenia.
Células analisadas no Leucograma
Cada tipo de leucócito tem funções específicas na defesa do organismo contra infecções, alergias, processos inflamatórios e outras condições.
- Basófilos: são leucócitos envolvidos em respostas alérgicas e inflamatórias. Eles liberam histamina e outras substâncias durante reações alérgicas, contribuindo para os sintomas alérgicos.
- Eosinófilos: estes estão principalmente envolvidos na resposta a infecções parasitárias e reações alérgicas. Eles ajudam a modular a resposta inflamatória e a combater parasitas através da liberação de substâncias tóxicas.
- Mielócitos e Metamielócitos: são precursores imaturos de neutrófilos que podem estar presentes na medula óssea e indicam uma resposta aumentada à demanda de produção de neutrófilos devido a uma infecção ou inflamação.
- Bastões (ou bastonetes): são neutrófilos imaturos que têm forma de bastão no sangue periférico. Sua presença pode indicar um aumento na produção de neutrófilos em resposta a uma infecção bacteriana.
- Segmentados (ou neutrófilos segmentados): neutrófilos maduros que constituem a maior parte dos leucócitos circulantes. Eles são essenciais na defesa contra infecções bacterianas, fagocitando e destruindo os patógenos.
- Linfócitos: responsáveis pela imunidade adaptativa. Os linfócitos B produzem anticorpos contra antígenos específicos, enquanto os linfócitos T têm várias funções, incluindo o reconhecimento e a destruição de células infectadas por vírus e a regulação da resposta imune.
- Linfócitos atípicos: linfócitos que apresentam características morfológicas diferentes das normais, geralmente aumentados em certas infecções virais como mononucleose infecciosa (causada pelo vírus Epstein-Barr).
- Monócitos: são células fagocíticas grandes que englobam e digerem bactérias, vírus, células mortas e outras partículas estranhas no sangue e nos tecidos. Eles desempenham um papel importante na resposta imune inicial e na cicatrização de feridas.
Valores de referência do Leucograma
Leucograma | 1 a 3 anos | 4 a 14 anos | Acima de 14 anos |
Leucócitos totais (x 1000/mm³) | 5.0 a 15.0 | 4.5 a 13.5 | 4.0 a 11.0 |
Bastonetes (%) | 0 a 8 / 0.1 a 0.6 | 0 a 4 / 0.1 a 0.4 | 0 a 4 / 0.1 a 0.4 |
Segmentados (%) | 20 a 40 / 2.0 a 6.0 | 35 a 55 / 2.0 a 6.0 | 36 a 66 / 2.0 a 7.5 |
Eosinófilos (%) | 4 a 10 / 0.2 a 1.5 | 4 a 8 / 0.3 a 1.0 | 2 a 4 / 0.1 a 0.4 |
Basófilos (%) | 0 a 1 / 0.0 a 0.1 | 0 a 1 / 0 a 0.1 | 0 a 1 / 0.0 a 0.1 |
Linfócitos (%) | 40 a 60 / 2.0 a 8.0 | 30 a 55 / 1.5 a 6.5 | 25 a 45 / 1.5 a 4.0 |
Monócitos (%) | 4 a 10 / 0.2 a 1.5 | 4 a 10 / 0.2 a 1.0 | 2 a 10 / 0.2 a 0.8 |
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Veja também!
- Resumo da neutrofilia: diagnóstico, tratamento e mais!
- Resumo de leucocitose: etiologia, avaliação e mais!
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Referências
Tracy I George, MD. Automated complete blood count (CBC). UpToDate, 2023. Disponível em: UpToDate
CAQUET, René. 250 exames de laboratório: prescrição e interpretação. 12. ed. Rio de Janeiro, RJ: Thieme Revinter Publicações, 2017.