Resumos sobre Punção: tipos, indicações e mais!

Resumos sobre Punção: tipos, indicações e mais!

E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre os tipos de punção e suas finalidades.

O Estratégia MED trará mais um conceito importante que irá enriquecer seus conhecimentos e impulsionar seu desenvolvimento profissional. Pronto para começar? Vamos lá!

Definição de Punção

Punção é um procedimento médico que consiste em inserir uma agulha ou instrumento afiado em uma área do corpo, principalmente para diagnóstico ou tratamento. 

As finalidades mais comuns da punção são retirar fluidos corporais (como sangue, líquido espinhal ou líquido das articulações), coletar amostras de tecido para exame, administrar medicamentos ou tratamentos diretamente em uma área específica, e drenar abscessos ou acúmulos de líquidos.

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Punção Venosa

A punção venosa é um procedimento utilizado para acessar as veias do corpo, seja para coleta de sangue, administração de medicamentos, fluidos, nutrientes ou para monitorização hemodinâmica. Existem dois tipos principais de punção venosa: a punção venosa periférica e a punção venosa central. Cada uma delas tem suas indicações, técnicas e cuidados específicos.

Punção venosa periférica

A punção venosa periférica envolve a inserção de uma agulha ou cateter em uma veia superficial, geralmente localizada nas extremidades (braços ou mãos). As veias do dorso da mão, como a basílica, cefálica e dorsal do carpo, são preferidas por sua acessibilidade. No antebraço, as veias cefálica, basílica e mediana são escolhidas por serem mais calibrosas e permitirem uma inserção estável do cateter.

Indicações:

  • administração de medicações: uso para antibióticos, analgésicos, sedativos, etc.
  • infusão de fluidos e eletrólitos: reposição volêmica, manutenção de hidratação.
  • coleta de amostras de sangue: para exames laboratoriais.
  • administração de produtos sanguíneos: transfusões de sangue e componentes.
  • nutrição parenteral periférica: quando a nutrição enteral não é viável e a infusão central não é necessária.

Contraindicações:

  • Infeção ou inflamação no local de inserção: presença de celulite ou flebite.
  • veias com cicatrizes ou trombose: áreas de punções repetidas ou cateteres prévios.
  • insuficiência venosa grave: dificuldade de acesso adequado.
  • extremidade com fístula arteriovenosa: geralmente em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise.
  • presença de linfedema

Punção venosa central

A punção venosa central envolve a inserção de um cateter em uma veia central, como a veia jugular interna, subclávia ou femoral, com a ponta do cateter posicionada na veia cava superior ou inferior, próxima ao átrio direito do coração.

A veia jugular interna, localizada no pescoço, é preferida devido ao seu fácil acesso e menor risco de complicações como pneumotórax, em comparação com a veia subclávia. 

A veia subclávia, localizada abaixo da clavícula, é outra escolha comum, oferecendo um acesso central confiável, mas com um risco maior de pneumotórax. 

A veia femoral, situada na virilha, é utilizada em situações de emergência ou quando outras opções não são viáveis, apesar de apresentar um risco maior de infecção devido à proximidade com a região inguinal.

Indicações:

  • administração de medicamentos irritantes ou vesicantes que não podem ser administrados perifericamente.
  • medicação intravenosa de longo prazo.
  • monitorização hemodinâmica central.
  • nutrição parenteral total.
  • coleta de amostras sanguíneas frequentes.

Contraindicações:

  • infecção no local de inserção proposto
  • coagulopatias graves
  • trauma ou anomalias anatômicas
  • pneumotórax recente
  • trombose venosa profunda

Punção arterial

A punção arterial é um procedimento médico que envolve a inserção de uma agulha em uma artéria para coletar amostras de sangue arterial ou para monitorização contínua da pressão arterial. Este procedimento é fundamental para obter informações precisas sobre a oxigenação do sangue, o equilíbrio ácido-base e outros parâmetros críticos.

Os principais sítios de punção arterial são a artéria radial, a artéria braquial e a artéria femoral. A artéria radial, localizada no pulso, é preferida por seu fácil acesso e baixo risco de complicações, sendo inserida em um ângulo de 30 a 45 graus. 

A artéria braquial, no antebraço, é acessível em emergências, mas tem menor colateralidade e maior risco de complicações, com a agulha inserida em um ângulo de 45 a 60 graus. 

A artéria femoral, na virilha, oferece acesso rápido em casos de choque, mas apresenta maior risco de infecção e complicações, com a agulha inserida em um ângulo de 90 graus.

Indicações:

  • análise de gases sanguíneos arteriais: para avaliar a oxigenação, ventilação e equilíbrio ácido-base.
  • monitorização hemodinâmica: medição contínua da pressão arterial em pacientes críticos.
  • avaliação de distúrbios respiratórios e metabólicos: em pacientes com insuficiência respiratória, sepse ou choque.
  • antes de procedimentos cirúrgicos maiores: para avaliar a função respiratória e cardiovascular.
  • tratamento com ventilação mecânica: para ajustar parâmetros ventilatórios.

Contraindicações:

  • infecção ou inflamação no local da punção: presença de celulite ou abscesso.
  • insuficiência arterial ou doença vascular periférica: risco aumentado de complicações.
  • coagulopatias ou uso de anticoagulantes: risco aumentado de sangramento.
  • malformações anatômicas ou lesões no local: dificuldade de acesso e risco de complicações.
  • shunt arteriovenoso na extremidade: presença de fístula arteriovenosa em pacientes com insuficiência renal crônica.

Punção lombar

A punção lombar é um procedimento médico invasivo no qual uma agulha é cuidadosamente inserida entre as vértebras lombares da coluna vertebral, na região lombar inferior, até atingir o espaço subaracnoideo. 

Este procedimento é realizado para coletar uma amostra do líquido cefalorraquidiano (LCR) que envolve o cérebro e a medula espinhal, para diagnóstico de condições neurológicas, como meningite, hemorragia subaracnoidea, esclerose múltipla, entre outras. 

A punção lombar também pode ser utilizada terapeuticamente para aliviar a pressão intracraniana aumentada, administrar medicamentos diretamente no espaço subaracnoideo, ou para a administração de agentes de contraste em exames radiológicos, como a mielografia.

Indicações: 

  • diagnóstico de doenças neurológicas: utilizada para coleta de líquido cefalorraquidiano (LCR) para diagnóstico de condições como meningite, encefalite, hemorragia subaracnoidea, esclerose múltipla, entre outras.
  • administração de medicamentos: pode ser usada para a administração de medicamentos diretamente no espaço subaracnoideo, como anestésicos, quimioterápicos ou contrastes para exames radiológicos.
  • exames radiológicos: como a mielografia, que requer a injeção de contraste no espaço subaracnoideo para avaliação de lesões na medula espinhal.

Contraindicações

  • infecção local: presença de infecção cutânea ou no local de inserção da agulha.
  • aumento da pressão intracraniana: risco de herniação cerebral em casos de pressão intracraniana aumentada significativamente.
  • coagulopatias graves: aumento do risco de sangramento no local da punção.
  • anatomia vertebral anormal: como deformidades na coluna vertebral que dificultem a inserção segura da agulha.

Punção para biópsia

A punção para biópsia é um procedimento médico minimamente invasivo no qual uma agulha ou outro instrumento é utilizado para coletar uma amostra de tecido ou células de uma área específica do corpo. 

Este procedimento é realizado com o objetivo de obter material biológico para análise laboratorial, visando diagnosticar condições patológicas, como tumores, inflamações ou infecções. 

A punção para biópsia é frequentemente guiada por métodos de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou fluoroscopia, para orientar a inserção precisa da agulha no local alvo. 

Este método é menos invasivo do que a cirurgia aberta e pode ser utilizado em diversas áreas do corpo, como mama e fígado, dependendo da necessidade diagnóstica do paciente.

Principais órgão puncionados:

  • Mama: utilizada para diagnóstico de nódulos ou alterações suspeitas detectadas em exames de imagem, como mamografia ou ultrassonografia mamária.
  • Fígado: indicada para avaliação de lesões hepáticas, como tumores, cicatrizes (cirrose) ou infecções, utilizando guia por imagem (ultrassonografia ou tomografia computadorizada).
  • Rim: realizada para diagnóstico de doenças renais, como tumores, doença renal policística, nefropatias ou avaliação de transplante renal.
  • Próstata: utilizada principalmente para detecção de câncer de próstata, guiada por ultrassonografia transretal ou ressonância magnética.
  • Medula óssea: feita para avaliação de doenças hematológicas, como leucemias, linfomas ou mieloma múltiplo, envolvendo a aspiração de células da medula óssea.
  • Pele: realizada para diagnóstico de lesões cutâneas suspeitas de melanoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular ou outros tipos de câncer de pele.
  • Pulmão: utilizada para avaliação de nódulos pulmonares detectados em exames de imagem, como tomografia computadorizada de tórax, para diagnóstico de câncer de pulmão ou infecções pulmonares.
  • Osso: realizada para investigação de lesões ósseas, como tumores ósseos primários ou metástases, utilizando agulhas especiais guiadas por imagem.

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Veja também!

Referências

STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M.H.R. Procedimentos operacionais padrão em enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2014. 

SOUZA, V. H. S. D.; MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Curitiba: Manual Real, 2009. 

HARADA, M.J.C.S.; PEDREIRA, M.L.G. Terapia intravenosa e infusões. São Caetano do Sul: Yendis, 2011. 

JOHNSON, Kimberly, SEXTON, Daniel. Lumbar puncture: Technique, indications, contraindications, and complications in adults. UpToDate, 2018. 

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