Flashcards de Anemia Ferropriva

O ferro é absorvido no duodeno. Os fatores que ajudam ou atrapalham a sua absorção são:

Ajudam a absorção de ferro: ácido ascórbico (vitamina C), ácidos orgânicos, aminoácidos e proteína da carne.

Atrapalham a absorção de ferro: cálcio, fibra alimentar, oxalatos, fitatos e fosfatos.

O ferro é transportado no corpo humano principalmente pela hemoglobina e pela transferrina, enquanto é armazenado principalmente como ferritina.

Carência nutricional;

Absorção diminuída de ferro: doença celíaca, gastrectomias e gastrite atrófica por H. pylori; e

Perda crônica de ferro: sangramento gastrointestinal crônico (úlceras, neoplasias, gastrites, hemorroidas, varizes esofágicas, angiodisplasias, infestações parasitárias), sangramento ginecológico, hemodiálise, hemólise intravascular

Homens: 13 – 17 g/dl

Mulheres: 12 – 15 g/dl

Gestantes: 11 – 15 g/dl

Anemia hipo/micro ou normo/normo.

Anisocitose: RDW aumentado.

Plaquetose reacional: plaquetometria aumentada.

Anemia hipoproliferativa: contagem de reticulócitos < 2%.

Ferritina: diminuída

Ferro sérico: diminuído

Saturação de transferrina: diminuída

CTLF/TIBC: aumentada

Receptores solúveis de transferrina: aumentados

Protoporfirina eritrocitária livre: aumentada

O marcador sérico mais sensível e específico para o diagnóstico da anemia ferropriva é a ferritina sérica. A ferritina é uma proteína que armazena ferro no corpo, e níveis baixos de ferritina indicam depleção dos estoques de ferro, o que é característico da anemia ferropriva.

O exame padrão-ouro para o diagnóstico de anemia ferropriva é a medula óssea aspirada e a biópsia da medula óssea (mielograma). Estes exames permitem uma avaliação direta dos estoques de ferro na medula óssea, fornecendo uma confirmação definitiva do diagnóstico de anemia ferropriva. No entanto, devido à sua invasividade e custo, estes exames são reservados para casos em que há dúvida diagnóstica ou quando há necessidade de investigação adicional após resultados inconclusivos de outros exames.

Coiloníquia. Note a depressão, o afundamento que apresenta a região central da unha do paciente. Essa é uma alteração muito específica da anemia ferropriva.

Estomatite angular (esquerda) e glossite atrófica (direita) — alterações típicas das anemias por carências nutricionais, como deficiência de ferro, vitamina B12 e folato

Em pacientes adultos com anemia ferropriva, especialmente em casos de anemia grave ou de início súbito, é importante investigar a possibilidade de sangramento gastrointestinal como causa subjacente. Os exames endoscópicos, como a endoscopia digestiva alta e a colonoscopia, são ferramentas importantes para identificar a fonte de sangramento.

Sulfato ferroso 300 mg, 1 comprimido cada 8 horas, 1 – 2 horas antes das refeições, junto com suco de laranja ou vitamina C

O melhor exame para confirmarmos a resposta ao tratamento da anemia ferropriva é a contagem de reticulócitos, que se eleva em 4 a 7 dias, atingindo pico no 10º dia da reposição de ferro

Absorção inadequada de ferro: alguns distúrbios gastrointestinais, como doença celíaca, doença inflamatória intestinal ou cirurgias que afetam o intestino delgado, podem prejudicar a absorção de ferro, mesmo quando a suplementação oral é administrada. Isso pode levar à refratariedade ao tratamento.

Perda contínua de sangue: se o paciente continuar perdendo sangue devido a uma condição subjacente não tratada, como úlceras pépticas, câncer colorretal ou outras condições que causam sangramento gastrointestinal, a reposição de ferro pode ser insuficiente para manter os níveis de hemoglobina.

Diagnóstico incorreto: às vezes, a anemia ferropriva pode ser confundida com outras formas de anemia, como anemia de doença crônica ou talassemia. Se o diagnóstico não for correto, o tratamento direcionado para a deficiência de ferro pode não ser eficaz, resultando em refratariedade ao tratamento.