Flashcards de Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril causada pela bactéria do gênero Leptospira, transmitida pela urina de animais infectados, principalmente ratos.

A transmissão é feita pelo contato com a urina de animais infectados em pele lesionada, mucosa ou pele íntegra imersa em água por um período prolongado.

As inundações facilitam a disseminação e persistência do agente causador, aumentando a ocorrência de surtos de leptospirose.

Profissões com maior contato com água, como lavradores, pescadores, escavadores, mineradores e trabalhadores em rede de esgoto, são mais suscetíveis à leptospirose.

Os principais animais são roedores urbanos, especialmente a ratazana (Rattus norvegicus) e o rato preto (Rattus rattus). Outros animais como cães e animais de criação (bois, cavalos, porcos, ovelhas) também podem transmitir a doença.

O período de incubação é de 7 a 14 dias.

As duas formas são a forma anictérica (leve) e a forma íctero-hemorrágica (grave).

É caracterizada uma síndrome “gripal”: febre (variando entre 38 – 40°C – do tipo remitente), náuseas/vômitos, cefaleia, mialgia (principalmente em região de panturrilha, dorso e abdomen), sufusões conjuntivais – sangramento em região conjuntival.

Fase tardia da leptospirose caracterizada pela tríade:

icterícia (com aumento da Bilirrubina direta, chamada de icterícia “rubínica” por ter um tom mais laranja);

disfunção renal aguda (com aumento de excreção de Sódio e Potássio – sendo oligúrica ou não-oligúrica);

fenômenos hemorrágicos pela disfunção endotelial (sangramento pulmonar e gastrointestinal).

Cultura, sorologia (ELISA IgM) e aglutinação (MAT) são os três principais exames.

Nos primeiros 10 dias de infecção.

O teste de microaglutinação (MAT) é considerado o padrão-ouro.

Anemia normocrômica, leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda, plaquetopenia.

Aumento de ureia e creatinina.

Redução dos níveis de sódio e potássio.

Febre, cefaleia e mialgia com antecedentes epidemiológicos sugestivos ou sinais/sintomas específicos.

Insuficiência renal, icterícia e hemorragia alveolar.

Dengue, influenza, hantavirose, hepatite viral, malária, febre maculosa, doença de Chagas, febre amarela, endocardite, pneumonias, pielonefrite, meningite, apendicite aguda, síndrome hemolítica-urêmica, vasculites e doença de Lyme.

A principal causa de óbito é pulmonar, devido à hemorragia alveolar.

Dispneia, tosse, taquipneia, alterações urinárias, fenômenos hemorrágicos, hipotensão, alterações do nível de consciência, vômitos frequentes, arritmias e icterícia.

Amoxicilina, doxiciclina ou azitromicina são as opções recomendadas.

Penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.

Indicada para indivíduos que se expõem em áreas de alta endemicidade por período curto, como militares e socorristas.

Doxiciclina (1° opção) ou azitromicina.

200mg uma vez por semana enquanto durar a exposição.

Cerca de 15% dos pacientes desenvolvem a fase grave.

Os anticorpos geralmente são detectáveis a partir da segunda semana de doença.