Como é a Residência Médica de Medicina Preventiva e Social na USP-SP
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Medicina Preventiva e Social na USP-SP

Se você busca uma especialização completa em Medicina Preventiva e Social, o programa de residência médica da Universidade de São Paulo (USP-SP) é para você! O programa combina teoria e prática com uma carga horária flexível e supervisão de perto, bem como prepara os residentes para cenários de gestão. Siga no texto e descubra como essa residência pode impulsionar sua carreira!

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A residência em Medicina Preventiva e Social na USP-SP

Para entendermos melhor como funciona o programa de Medicina Preventiva e Social na USP-SP, o Estratégia MED conversou com Henrique Tibucheski, residente do primeiro ano da especialidade. São, ao todo, cinco vagas anuais oferecidas para o programa, que tem duração de dois anos

Organização do primeiro ano do programa

O primeiro ano da residência é intensamente teórico, focado na saúde coletiva, com aulas e atividades práticas realizadas principalmente no Centro de Saúde Escola Butantã Samuel Barnsley Pessoa (CSE Butantã), vinculado à Faculdade de Medicina da USP-SP.

As aulas são ministradas por professores da faculdade e especialistas de diversas áreas, incluindo sanitaristas e historiadores, oferecendo uma visão ampla sobre saúde pública e o Sistema Único de Saúde (SUS)

Após o período inicial de foco na saúde coletiva, os residentes podem optar por continuar na área de gestão hospitalar e sistemas de saúde através do Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (PROAHSA), ou seguir na linha de Medicina Preventiva. A maioria dos residentes escolhe a primeira opção, buscando aprofundar-se em gestão.

Parte prática da residência

Na prática, os residentes – que incluem os residentes médicos e os multiprofissionais – são divididos em grupos para atividades específicas, como vigilância em saúde, realizando visitas domiciliares e notificações de doenças como tuberculose e dengue. A residência não inclui atendimento direto a pacientes, sendo totalmente voltada para aspectos organizacionais e de gestão.

Em resumo, a prática envolve solucionar problemas administrativos e operacionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como a gestão de cadastros e visitas domiciliares para vigilância em saúde.

Essa residência se diferencia significativamente da Medicina de Família e Comunidade, com foco exclusivo na gestão e saúde coletiva, preparando os médicos para atuar em níveis organizacionais do sistema de saúde.

A prática é dinâmica, sobretudo no segundo ano do programa, com cada estágio oferecendo desafios únicos, baseados nas necessidades de cada instituto do Hospital das Clínicas, onde os residentes rodam. Além disso, a interação com gestores é frequente, permitindo aos residentes aprender e aplicar conhecimentos de gestão em tempo real.

Pós-graduação em gestão hospitalar e estágios

A residência inteira acontece em parceria do Hospital das Clínicas da USP-SP com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para promover o conhecimento em gestão hospitalar. Desta forma, os residentes ganham uma bolsa para cursarem a pós-graduação em gestão hospitalar da FGV, que inclui duas aulas noturnas na semana e atividades nos finais de semana, quinzenalmente, totalizando apenas 9 horas semanais. A pós-graduação tem duração de um ano, mas pode sofrer atrasos se a turma não for completada com alunos pagantes, que podem se inscrever diretamente no site da FGV. 

De maneira paralela, durante o dia, os residentes podem aplicar o que aprendem na pós-graduação em situações reais resolvendo problemas organizacionais e administrativos como forma de estágio nos diversos institutos do Hospital das Clínicas (HC). Cada estágio é rodado em um dos institutos, como no Instituto de Radiologia, em alguns ambulatórios, na superintendência, entre outros. 

Outra opção é que os residentes podem optar por estágios fora do HC, mediante aprovação da coordenação. Henrique trouxe um exemplo de um residente que estagiou no Ministério da Saúde por um mês. 

Carga horária e ensino teórico

A carga horária oficial é das 8h às 17h, mas pode variar conforme as atividades teóricas e práticas. As aulas teóricas ocorrem frequentemente, com horários flexíveis, permitindo que os residentes realizem tarefas de casa, como estudo e desenvolvimento de planilhas.

A residência oferece uma rotina tranquila, sem plantões noturnos ou em finais de semana, exceto em campanhas de vacinação ou outros compromissos, como a própria pós-graduação. Desta forma, é possível se organizar para dar plantões por fora sem muita dificuldade. 

Ainda, os residentes têm a oportunidade constante de discutir artigos e casos com professores da FGV e médicos experientes, abordando temas como qualidade do atendimento e segurança do paciente.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 

Ao final do segundo ano, os residentes devem desenvolver um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) relacionado aos projetos e aprendizados acumulados. A integração do TCC com a prática e a pós-graduação pode ser desafiadora se houver atrasos no cronograma da FGV, mas proporciona uma experiência abrangente e aplicável ao mercado de trabalho.

Os residentes têm a oportunidade de se inserir no mercado ainda durante a formação, estabelecendo contatos e participando de projetos significativos. Essa combinação de teoria, prática e networking é um diferencial importante do programa.

Descubra mais sobre o programa de Residência Médica em Medicina Preventiva e Social na USP-SP com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Henrique Tibucheski, residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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